O laudo realizado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro não conseguiu concluir se o projétil que matou o estudante João Pedro Mattos Pinto, de 14 anos, durante uma operação policial em São Gonçalo (Região Metropolitana do Rio) partiu da arma de algum dos três policiais civis que são investigados sob suspeita de ter disparado o tiro. Com o resultado inconclusivo, por enquanto não é possível indicar de qual arma partiu o disparo.
Segundo a Polícia Civil, cópias do laudo de confronto balístico foram encaminhadas ao Núcleo de Direitos Humanos da Defensoria Pública e ao Ministério Público Estadual. O laudo foi anexado ao inquérito, assim como os de necropsia e da perícia de local, além dos depoimentos dos policiais, pilotos, bombeiro socorrista e de duas testemunhas.
Na próxima terça-feira, 9, deve ser realizada a reprodução simulada (reconstituição) do caso.
O caso
João Pedro foi atingido por um tiro de fuzil 556 dentro da casa de um tio, no dia 18 de maio, onde estava brincando. O interior da residência apresenta dezenas de marcas de disparos. O adolescente foi levado no helicóptero da própria polícia para o heliponto da Lagoa, na zona sul do Rio, onde a morte foi constatada. A família só soube do paradeiro do corpo no dia seguinte - quando ele já estava no Instituto Médico Legal de São Gonçalo.
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