FALSO

É falso que Prefeitura de São Paulo tenha comprado 38 mil caixões sem licitação

Aquisição foi feita por pregão eletrônico e a compra das urnas já era prevista pela prefeitura, que adquiriu mais de 70 mil caixões no ano passado

JC
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JC
Publicado em 01/07/2020 às 20:12 | Atualizado em 01/07/2020 às 20:12
Projeto Comprova
Post viralizou no Facebook - FOTO: Projeto Comprova

Conteúdo verificado: Vídeo publicado em uma página no Facebook acompanhado de texto que diz que o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, “previu milhares de mortes pela covid-19 e comprou 38 mil caixões sem licitação para enterrar o povo.”

É falsa a afirmação que circula em postagem na página Fiscal do Povo Wellington, no Facebook, alegando que o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), adquiriu 38 mil caixões sem licitação durante a pandemia de covid-19. A administração municipal obteve quantidade de urnas próxima da citada no post (37.109), mas, diferentemente do informado, todas as compras foram feitas por meio de pregão eletrônico que pode ser conferido online. Cinco dias após a publicação, o texto do post verificado foi editado e o conteúdo deixou de dizer que as compras haviam sido feitas sem licitação.

O vídeo que acompanha a postagem não diz onde e quando as imagens foram feitas. Somente após contato com a assessoria de comunicação da Secretaria Municipal de Subprefeituras de São Paulo foi possível confirmar que o vídeo foi gravado no centro de logística do Serviço Funerário Municipal (SFMSP).

Compra foi em 2019

A postagem acompanha o comentário de que “a previsão do prefeito deu errado”. No entanto, a compra das urnas já era prevista pela prefeitura, que adquiriu mais de 70 mil caixões no ano passado e optou por antecipar o recebimento neste ano em função da pandemia.

Falso, para o Comprova, é o conteúdo inventado ou que tenha sofrido edições para mudar o significado original; no caso do post, a única informação correta é de que a Prefeitura de São Paulo adquiriu 38 mil caixões.

O passo a passo da apuração pode ser conferido no site do Comprova, coalizão de veículos de imprensa para checar conteúdo viral nas redes sociais. Investigado por: UOL e Estado de S. Paulo. Verificado por: Jornal do Commecio, Folha de S. Paulo, Nexo Jornal, Gazeta do Sul, SBT e Revista Piauí.

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