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Estudo aponta que isolamento social pode ter poupado mais de 110 mil vidas no Brasil em maio

A pesquisa observou a transmissão da doença e tomou como base dados do isolamento a partir do monitoramento por GPS de celulares

JC
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Publicado em 24/07/2020 às 12:43 | Atualizado em 24/07/2020 às 12:43
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De acordo com a pesquisa, cada 1% de aumento no isolamento social provocou redução na taxa de crescimento do novo coronavírus em até 37% - FOTO: REPRODUÇÃO

Um estudo desenvolvido por professores da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) mostrou que até 118 mil vidas podem ter sido poupadas devido ao isolamento social realizado desde o início da pandemia do novo coronavírus. A pesquisa observou a transmissão da doença e tomou como base dados do isolamento a partir do monitoramento por GPS de celulares. As informações são do UOL.

De acordo com a pesquisa, cada 1% de aumento no isolamento social provocou redução na taxa de crescimento do novo coronavírus em até 37%. Tomando como parâmetro o mês de maio, que apresentou 44% de taxa de isolamento, com 29.367 mortes registradas pela covid-19. Dentro da equação feita pelo estudo, com uma porcentagem de 25% de isolamento, como ocorreu em fevereiro, seriam 147.447 mortes, gerando diferença aproximada de 118 mil. O estudo ainda avalia que, em comparação com outros países, o isolamento no Brasil foi pouco eficiente.

"O número de óbitos no Brasil em um mês, no cenário provável, seria cinco vezes maior sem as medidas restritivas, o que indica um isolamento pouco eficiente. As estimativas, publicadas na revista científica Nature, verificaram que o número de mortes na Europa (11 países analisados) seria de 3,2 milhões de pessoas em vez de 129 mil, 25 vezes mais, se não fosse o conjunto de medidas de isolamento adotado pelas autoridades entre março e abril", diz o texto do estudo.

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