A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu na manhã desta quarta-feira (29) o estudante de medicina veterinária Pedro Henrique Krambeck, picado por uma cobra naja no dia 7 de julho. Ele é suspeito de integrar um esquema para a prática de crimes ambientais, como tráfico de animais.
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A prisão temporária tem prazo de cinco dias e faz parte da quarta fase da Operação Snake. Segundo informações da Polícia Civil, o mandado prisão foi cumprido na residência do suspeito, na região administrativa do Guará. A 1ª Vara Criminal do Gama decretou a prisão temporária diante de indícios de que Pedro Henrique estivesse destruindo provas relacionadas a crimes ambientais apurados pela autoridade policial.
Tráfico de animais
Após o estudante ser picado pela naja, criada dentro do apartamento onde mora com os pais, a polícia recebeu denúncias anônimas e chegou até um haras onde havia mais 16 cobras de espécies exóticas. A polícia suspeita de tráfico nacional ou internacional de animais, com a reprodução das cobras.
Os oficiais também acreditam que o jovem, junto a outros colegas da faculdade, usava as serpentes para produzir soro antiofídico ilegalmente. O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) aplicou R$ 78 mil em multas para a família dele.
Pedro Henrique Krambeck ficou hospitalizado por mais de uma semana e chegou a entrar em coma após o incidente. Como a cobra naja não é natural do Brasil, só existia uma dose de soro antiofídico no país para tratar a picada. O medicamento teve que ser enviado para o estudante do Instituto Butantan, em São Paulo. Originária da África e da Ásia, a naja é uma das cobras mais venenosas do mundo.
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