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Em São Paulo, boletins eletrônicos de violência doméstica chegam a 5,5 mil

A possibilidade inédita de registro eletronicamente de violência doméstica teve início em 3 de abril no estado, dez dias após o início da quarentena

Agência Brasil
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Publicado em 06/08/2020 às 8:32 | Atualizado em 06/08/2020 às 8:32
MARCOS SANTOS/USP
Para 49% das pessoas, no entanto, ficou mais difícil para a mulher denunciar a violência doméstica durante o período de pandemia - FOTO: MARCOS SANTOS/USP

Com a possibilidade acionar a polícia pela internet durante a pandemia de covid-19, o número de boletins eletrônicos de ocorrência de violência doméstica chegou a 5,5 mil no estado de São Paulo, no período de abril a junho. O índice representa cerca de 20% do total de boletins deste tipo de crime registrado no período. Os dados, divulgados hoje (5), são da Secretaria de Segurança Pública (SSP).

A possibilidade inédita de registro eletronicamente de violência doméstica teve início em 3 de abril no estado, dez dias após o início da quarentena. Segundo a coordenadora das Delegacias de Defesa da Mulher em São Paulo, Jamila Ferrari, a iniciativa da Polícia Civil de ampliar os crimes que podem ser registrados por meio da Delegacia Eletrônica tem encorajado vítimas de violência doméstica a denunciarem seus agressores, especialmente neste período de quarentena.

"Nos históricos de ocorrências tínhamos muitas vítimas que pediam ajuda, socorro. Justamente por isso nós passamos a permitir que a Delegacia Eletrônica registrasse esses casos. É mais uma ferramenta de combate a este crime", destacou.

Segundo a SSP, além do boletim eletrônico, as mulheres podem utilizar o aplicativo SOS Mulher, que permite que as vítimas de violência doméstica – que possuam medida protetiva expedida pela Justiça – peçam ajuda quando estiverem em situação de risco.

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