Proteção

Empresas privadas irão montar fábrica para produzir vacina contra o coronavírus no Brasil

As doses serão distribuídas gratuitamente para todo o território nacional

Douglas Hacknen
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Publicado em 07/08/2020 às 19:34 | Atualizado em 07/08/2020 às 19:37
BRUNO CAMPOS/JC IMAGEM
ACESSO À SAÚDE Infectologista atenta para a desigualdade que pode gerar a exigência de prescrição médica - FOTO: BRUNO CAMPOS/JC IMAGEM

Oito empresas privadas se uniram para levantar fundos e ajudar o Brasil na produção das doses da vacina contra o novo coronavírus (covid-19). Custando R$ 100 milhões, as instalações terão capacidade de produzir até 30 milhões de doses mensais. As companhias irão equipar e financiar a infraestrutura necessária à produção da vacina contra a covid-19 e posteriormente doar à Fiocruz sem a utilização de dinheiro público. Inicialmente será construído um laboratório de controle de qualidade, para a realização dos testes.

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Doado pela Ambev, Americanas, Itaú Unibanco, Stone, Instituto Votorantim, Fundação Lemann, Fundação Brava e a Behring Family Foundation, o dinheiro vai ser usado desde a primeira fase de incorporação do imunizante pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos /Fiocruz), no Rio de Janeiro, que consiste no recebimento de 100 milhões de doses do ingrediente farmacêutico ativo (IFA) até o processamento final (formulação, envase, rotulagem e embalagem).

A vacina que será produzida na unidade está sendo desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Estados Unidos, junto ao laboratório farmacêutico britânico AstraZeneca. O imunizante da instituição norte-americana é o mais avançado, até o momento. O projeto se encontra na fase III de testes no Brasil e outros países, como África do Sul, Reino Unido e EUA. A expectativa é de que esta vacina tenha a submissão do seu dossiê de registro entregue à agência regulatória nacional antes do final de 2020.

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As doses produzidas serão doadas ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde, para imunização da população de acordo com a sua estratégia.

Além da vacina

O grupo ainda anunciou que investirá em melhorias no parque fabril de Bio-Manguinhos/Fiocruz, assim como na aquisição dos equipamentos necessários à absorção total da tecnologia para produção do IFA. A previsão é que toda a infraestrutura esteja pronta até o começo de 2021.

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Legado

Quando concluídos todos os investimentos, Bio-Manguinhos/Fiocruz terá também capacidade para produzir outras vacinas no futuro, incluindo outros tipos contra a covid-19 que sejam aprovados. A unidade produtora pode acelerar a solução para doenças futuras.

Acompanhamento

A Ambev será corresponsável, junto com a Fiocruz, pela gestão e execução do projeto, sob supervisão técnica de Bio-Manguinhos/Fiocruz. Um comitê composto por todas as empresas e fundações será formado para acompanhar o andamento das obras e aquisições dos equipamentos.

Investimento em São Paulo

Parte dos integrantes da coalizão também apoiará a construção de uma fábrica similar no Instituto Butantan, em São Paulo. As duas iniciativas serão as primeiras fábricas capazes de produzir este tipo de vacina na América do Sul.

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