MENTORA

Delegado diz que Flordelis é mentora do assassinato do pastor Anderson e que crime foi planejado por cerca de três anos

O delegador Antônio Ricardo Lima Nunes fez as afirmações durante entrevista à Rádio Bandeirantes

Carolina Fonsêca
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Carolina Fonsêca
Publicado em 26/08/2020 às 15:22 | Atualizado em 26/08/2020 às 15:49
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O assassinato do pastor Anderson do Carmo foi planejado por, pelo menos, dois ou três anos pela esposa dele, a deputada Flordelis, segundo o delegado Antônio Ricardo Lima Nunes, chefe do Departamento Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa (DGHPP) do Rio de Janeiro. A afirmação foi feita por ele em entrevista à Rádio Bandeirantes, nesta quinta-feira (26).

A deputada Flordelis responderá por homicídio, tentativa de homicídio, uso de documento falso, falsidade ideológica e organização criminosa. Ela segue em liberdade por ter imunidade parlamentar. 

"É estarrecedor que uma parlamentar que se elegeu pregando o bem, a adoção de crianças e falando em nome de Deus cometa um crime hediondo com requintes de crueldade. Esse plano tenta ser executado há pelo menos dois ou três anos", disse.

No inquérito enviado pela polícia ao Ministério Público consta a participação detalhada de cada integrante da família no crime. Segundo o delegado, o promotor ofereceu denúncia em cima deste relatório e o poder judiciário acatou. Dessa forma, a investigação saiu da esfera policial e agora Flordelis é ré.

O delegado Antônio Ricardo Lima Nunes reforçou ainda que Flordelis é a mentora da execução e que a motivação do crime seria o fato de o pastor Anderson exercer "com mão de ferro" o controle financeiro da família. "Não temos dúvidas em indicar que a parlamentar participou ativamente da morte. O pastor Anderson morreu com 30 tiros em sua residência e ela é mentora dessa execução. O grupo que foi preso, com exceção dela, planejou e tentou por outras oportunidades ceifar a vida da vítima, com a motivação de ele exercer ‘com mão de ferro’ o controle financeiro da família", afirmou. 

Durante as investigações, a polícia constatou que a família tentou assassinar o pastor em outras ocasiões, mas sem sucesso. As refeições do pastor Anderson foram envenenadas e uma das filhas chegou até a buscar na internet referências de matadores de aluguel. 

“Ele não sabia o que estava acontecendo. Pensava que estava tendo problemas de saúde, já que foi internado na emergência várias vezes por se sentir mal. Até outros familiares que não sabiam do plano diabólico ingeriram o alimento que seria destinado a ele e também passaram mal", contou Nunes.  

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