CORONAVÍRUS

Covid-19: secretários estaduais de Saúde cobram que Pazuello inclua vacina do Butantan em cronograma nacional

A vacina produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a Sinovac tem previsão de conclusão da terceira fase de testes no início de novembro

JC
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Publicado em 15/10/2020 às 17:16 | Atualizado em 15/10/2020 às 22:59
GABRIELA BILÓ/ESTADÃO CONTEÚDO
COORDENADO Presidente repetiu o mesmo discurso de Pazuello (foto) nas redes sociais para defender ex-auxiliar - FOTO: GABRIELA BILÓ/ESTADÃO CONTEÚDO

O Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde (Conass) enviou, nesta quinta-feira (15), uma carta ao Ministério da Saúde, solicitando o compromisso de inclusão no Programa Nacional de Imunizações da vacina que será produzida pelo Instituto Butantan, em São Paulo, a partir de uma parceria com a empresa Sinovac. 

O Conass pede que a pasta de Eduardo Pazuello se comprometa a incluir em seu cronograma o imunizante desenvolvido pelo Butantan e "quaisquer outras vacinas produzidas e testadas por outras indústrias, que possuam condições de eficácia, segurança e produção disponível para iniciar a vacinação da população brasileira no mês de janeiro de 2021, ou no menor espaço temporal possível".

A preocupação dos secretários é que o governo federal não se envolva na definição das estratégias de produção e de distribuição da vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan.

A carta foi escrita após uma reunião dos secretários com Pazuello, realizada na última quarta-feira (14), despertando uma crise entre as duas partes. Parte de quem esteve na reunião acredita que o governo federal está ignorando o imunizante que participação do Instituto Butantan —ainda em fase de testes. O calendário do ministério conta apenas com a chamada vacina de Oxford, prevista para abril.

Segundo a carta do Conass, o governo projeta a distribuição da vacina de Oxford apenas para abril, enquanto o governo de São Paulo prevê a finalização da fase 3 dos testes até o início de novembro.

"O enfrentamento assertivo à pandemia Covid-19, que já evoluiu com mais de 150 mil óbitos no Brasil, exige a máxima pressa e celeridade na aquisição e disponibilização de vacinas à nação. Com efeito, o momento exige que o Ministério da Saúde comande a unidade nacional em torno da disponibilização célere, segura e oportuna das vacinas já disponíveis, em especial as produzidas pelas iniciativas subnacionais",dizia a carta.

 

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