IMUNIZAÇÃO

Avião com 2 milhões de doses de vacina contra covid-19 fabricadas na Índia chega ao Brasil

A doses da vacina de Oxford/AstraZeneca serão distribuídas aos estados a partir da tarde de sábado (23)

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AFP

Publicado em 22/01/2021 às 17:45 | Atualizado em 22/01/2021 às 21:46
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Atualizada às 21h39

O avião com dois milhões de doses da vacina contra a covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca chegou ao Brasil às 17h27 desta sexta-feira (22). A carga, vinda da Índia, foi transportada em voo comercial da companhia Emirates ao Aeroporto de Guarulhos em São Paulo. Após os trâmites alfandegários, o lote seguiu em aeronave da Azul para o Aeroporto internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, e foi levada para o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz).

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Chegada de 2 milhões de doses da vacina de Oxford ao Brasil - AURÉLIO PEREIRA/MS
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Chegada de 2 milhões de doses da vacina de Oxford ao Brasil - AURÉLIO PEREIRA/MS
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Chegada de 2 milhões de doses da vacina de Oxford ao Brasil - AURÉLIO PEREIRA/MS
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Chegada de 2 milhões de doses da vacina de Oxford ao Brasil - AURÉLIO PEREIRA/MS
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Chegada de 2 milhões de doses da vacina de Oxford ao Brasil - AURÉLIO PEREIRA/MS
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Chegada de 2 milhões de doses da vacina de Oxford ao Brasil - AURÉLIO PEREIRA/MS

>> Distribuição de vacinas de Oxford vindas da Índia deve começar neste sábado (23)

O ministro da Saúde Eduardo Pazuello disse nesta noite (22), no Aeroporto Internacional de Guarulhos, que 5% dessa primeira carga será encaminhada ao Amazonas, onde afirmou estar o “maior risco do país” em relação à covid-19.

“Damos prioridade neste momento para o estado do Amazonas, principalmente sua capital Manaus, que vive hoje uma situação realmente mais crítica no nosso país. E essa prioridade fica evidente a partir de um acordo com os governadores, onde 5% dessa primeira carga vai ser destinada aonde está o maior risco do país que é em Manaus”, disse.

OLI SCARFF / AFP
Vacina de Oxford/Astrazeneca - OLI SCARFF / AFP

Para o recebimento da carga, estavam presentes, além do ministro da Saúde, os ministros Ernesto Araújo e Fábio Faria - das Relações Exteriores e Comunicações, respectivamente.

Ernesto Araújo ressaltou que a chegada dos imunizantes ao Brasil vindos da Índia reforçam a parceria entre os dois países. “Uma parceria que se consolidará nessa área de vacinas, nessa área de medicamentos e muitas outras”, disse.

Já o ministro das Comunicações enfatizou que o governo quer unificar o Brasil e não vai medir esforços para vacinar todos os brasileiros. “Ninguém fica para trás”.

Em obediência às normas regulatórias, as vacinas passarão, no Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), no Rio de Janeiro, por checagem de qualidade e segurança, além de rotulagem, com etiquetagem das caixas com informações em português. Esse processo acontecerá ao longo da madrugada e na manhã de sábado (23) e será realizado por equipes treinadas em boas práticas de produção. A previsão é de que as vacinas estejam prontas para distribuição no período da tarde. Toda a logística de distribuição ficará sob a responsabilidade do Ministério da Saúde.

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As doses da vacina da AstraZeneca serão enviadas por meio de um voo comercial da companhia aérea Emirates - JUSTIN TALLIS/AFP

Ao longo de todo o trajeto até Bio-Manguinhos/Fiocruz, as vacinas ficaram armazenadas em seis caixas do tipo pallets, que serão acondicionadas em envirotainers, pequenos containers utilizados para transportes de carga que necessita de controle de temperatura. Nesses envirotainers, as vacinas serão mantidas na temperatura entre 2 a 8ºC

Com mais de 213.000 mortes por covid, o Brasil estava ansioso para receber estas vacinas para reforçar seu plano nacional de vacinação, que começou na segunda-feira com apenas 6 milhões de doses da CoronaVac. Ambos os imunizantes exigem duas doses, administradas no mês seguinte à primeira aplicação.

A vacina AstraZeneca/Oxford, desenvolvida em parceria com a Fiocruz obteve autorização para seu uso emergencial no último domingo (17), em conjunto com o CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, do governo de São Paulo.

O governo brasileiro havia apostado pesado na vacina AstraZeneca para iniciar sua campanha de imunização, mas teve que se resignar a lançar a campanha com 6 milhões de doses do CoronaVac, defendida pelo governador paulista João Doria, potencial rival do Bolsonaro no 2022 eleições.

A segunda onda da pandemia está causando sérios estragos no Brasil. Em Manaus, capital do estado do Amazonas, o colapso do sistema de saúde levou à escassez de oxigênio nos hospitais e a um forte aumento no número de mortos. Segundo especialistas, a agressividade da doença é pior do que a da primeira onda e pode estar associada a uma variante do vírus identificada nesta região.

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Estado vem enfrentando desabastecimento de oxigênio, o que levou ao colapso do sistema de saúde - MICHAEL DANTAS/AFP

Cerca de 50 países começaram suas campanhas de vacinação há várias semanas, incluindo vários na região, como Argentina, Chile, México ou Costa Rica.

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