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"Esforço maior que capacidade de resistência", diz major da Defesa Civil sobre cabos de piscina que desabou; veja vídeo

Com a corrosão dos cabos, o concreto que sustentava a piscina fissurou e rompeu. Ao desabar, a estrutura ainda causou prejuízos à laje de baixo, onde fica a garagem do prédio

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Estadão Conteúdo

Publicado em 24/04/2021 às 20:50
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Uma piscina desabou em cima da garagem de um prédio em Itaparica, no município de Vila Velha, no Espírito Santo, durante a noite da última quinta-feira, 22. Imagens captadas pelo sistema de segurança do edifício mostram o momento em que a estrutura da cobertura cede e invade o andar de baixo, ocupado apenas por um carro. Segundo 
De acordo com a Defesa Civil do Espírito Santo, não houve nenhum ferido no acidente e o carro que é visto estacionado nas imagens já havia sido retirado antes da vistoria feita na sexta-feira, 23. Todas as famílias que ocupavam os 90 apartamentos do edifício foram removidas e a orientação é que, por ora, elas não retornem ao local.
O major Fábio Maurício Rodrigues Pereira, chefe do Departamento de Prevenção da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil do Espírito Santo, explica que o motivo do desabamento foi uma corrosão na estrutura de amarramento que sustentava a piscina. "Temos certeza absoluta. A laje estava engastada e o aço que a ligava à viga foi oxidado por uma infiltração da própria piscina. As barras (estribos) que não foram corroídas romperam por fazerem um esforço maior que a sua capacidade de resistência", afirma.
Com a corrosão dos cabos, o concreto que sustentava a piscina fissurou e rompeu. Ao desabar, a estrutura ainda causou prejuízos à laje de baixo, onde fica a garagem do prédio. De acordo com Pereira, foram encontradas marcas de trincas, fissuras e cabos de proteção expostos durante a vistoria, mas a estrutura total do prédio ainda não apresenta risco imediato de desabamento. "A obra da garagem precisa ser reconstruída. O pilar principal de sustentação sofreu o maior esforço com a queda. Quando retirarmos a laje que caiu sobre o piso, pode acontecer um novo movimento da estrutura e isso gerar um novo prejuízo", aponta.

O prédio é uma obra da Argo Construtora e começou a ser habitado há cerca de três anos. A empresa é a mesma responsável pelos reparos, como previsto em contrato. De acordo com a Defesa Civil, ainda será necessário fazer ensaios não destrutivos no local, para identificar possíveis sintomas não visíveis na estrutura.
Em nota, a Argo Construtora disse que lamenta o incidente e está prestando assistência às famílias do prédio. "Nos prontificamos de imediato em arcar com todos os custos dos moradores com hotel e afins, visando que essa situação seja vencida com o menor impacto possível", afirma o texto.
A previsão, de acordo com a empresa, é que os moradores retornem ao prédio até a próxima terça-feira, 27.

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