CARINHO

Dia Nacional do Abraço é comemorado neste sábado. Veja ideias de como abraçar em tempos de pandemia

O 22 de maio é considerado o Dia Nacional do abraço. Indispensável para muitas pessoas, a demonstração de carinho pode ser praticada , mesmo com distanciamento social

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Edilson Vieira

Publicado em 22/05/2021 às 12:48 | Atualizado em 26/05/2021 às 16:39
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Em tempos de pandemia o Dia Nacional do Abraço, comemorado neste sábado (22) ganha ainda mais importância. A necessidade de demonstrar afeto, mesmo à distância, tem movimentado famílias e profissionais para superar momentos difíceis. A própria origem da data teve a ver com um momento de afastamento. Em 22 de maio de 2004, o australiano Juan Mann, que vivia na Inglaterra, precisou voltar para Sydney, sua cidade natal. Ao chegar, enfrentando problemas pessoais, não encontrou ninguém no aeroporto para recebê-lo. Foi quando Mann decidiu transformar um momento triste e pesado em solidariedade. Daí Mann criou o movimento "Free Hugs" ou abraços grátis. Ele escreveu a frase "Free Hugs" em um papelão e foi para o centro da capital australiana decidido a doar abraços a quem estivesse disposto a recebê-los. Ao longo dos anos, o dia 22 de maio foi adotado como Dia Nacional do Abraço.

A enfermeira Claudia Regina do Nascimento,55 anos, se considera uma "abraçadeira" de tempo integral. Por conta das limitações da pandemia e da necessidade de distanciamento social, ela teve que se afastar, fisicamente, das amizades e até de alguns familiares. "Há mais de um ano não vejo pessoalmente minhas irmãs, que também moram aqui no Recife", diz ela. Não faltam abraços, no entanto, para quem mora com ela na mesma casa, o casal de filhos e o marido. Mas para superar o distanciamento forçado das pessoas queridas, Claudia promoveu recentemente um "abraço coletivo virtual", com amigas que não se viam há mais de um ano. Tudo se passou através de uma reunião por vídeochamada. "Foi muito bom, porque algumas eram pessoas idosas que se sentiam mais isoladas ainda e neste encontro, mesmo virtual, fizemos o gesto de se abraçar a si mesmo, como se estívessemos abraçando o outro", lembra Claudia. "Palavras são importantes, mensagens são importantes, mas o abraço é uma demonstração física de afetividade", diz ela.

TERAPIA

"Abraçar é mais do que cultural, é terapêutico", diz a psicóloga Erica Nunes. "Antes mesmo de a gente se entender por gente, já havia alguém tocando a gente, abraçando a gente, então é um gesto carregado de simbolismo e representatividade", diz Erica Nunes. Isto explica porque, mesmo entre os tímidos, o abraço a mensagem "eu gosto de  você", tanto para quem dá como para quem recebe, explica. "Quantas vezes a gente escuta da outra pessoa que aquele abraço mudou o dia dela, ou que ela estava precisando disso? A gente quase nunca consegue avaliar a importância desse gesto". 

Para Erica, o distanciamento imposto pela pandemia forçou as pessoas a reinventar algo tão natural no nosso comportamento. "É preciso tentar traduzir de outras formas aquilo que o abraço traduz. Tem gente que faz um coração com as mãos, tem quem tenta abraçar com um olhar. O importante nestas horas é sentir", recomenda a psicóloga.

TECNOLOGIA

A empreendedora Emanuella Coelho, 34 anos,  não dispensa um bom abraço, seja entre conhecidos ou mesmo desconhecidos. Ela diz que o abraço é uma troca imprescindível de enrgia.  xxxx relembra que quando era gerente de uma loja e sempre deixava seu posto administrativo para ir receber os clientes. "Eu dava um tempo nos números porque eu precisava ver gente. Quem chegava eu dava um bom dia e abraçava. Abraço não é só intimidade, é um conforto, um acolhimento", define.

Agora, como a pandemia, Emanuella diz usar a tecnologia para distribuir carinho com as pessoas. "A modernidade foi feita para a gente usar. Então eu mando para meus clientes pelo Whatsapp mensagens sobre meus produtos e sempre termino com um 'Deus abençoe e um grande abraço', e junto a figurinha de duas pessoas se abraçando. Já virou a minha marca", diz a microempresária, dona da Dolce Manu, que monta tábuas de frios e taças de sobremesa. "Quem me conhece, sempre diz que se sente abraçada à distância", diz ela sorrindo.

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