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Governo emite alerta de 'risco hídrico' e vê chance de racionamento de energia

Segundo o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, o setor elétrico brasileiro está enfrentando o pior regime de chuvas, entre setembro e maio, em 91 anos

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Do jornal Correio para a Rede Nordeste

Publicado em 28/05/2021 às 15:37 | Atualizado em 28/05/2021 às 15:38
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O governo federal, através do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), emitiu pela primeira vez um alerta de "risco hídrico" por conta do período de poucas chuvas e de seca mais severa na região sudeste e centro-oeste.

Com a estiagem, que geralmente se estende até o mês de outubro, há a possibilidade de um racionamento de energia. O Serviço Nacional de Meteorologia também emitiu um alerta de emergência hídrica com prazo até setembro para a bacia do Paraná, que afeta as regiões sudeste e centro-oeste.

De acordo com dados do Operador Nacional do Sistema elétrico (ONS), o volume de chuvas no Brasil foi menor do que o normal para o mês de maio, e deve reduzir mais ainda nos próximos meses.

Segundo o CMSE, o setor elétrico brasileiro está enfrentando "o pior regime de chuvas, entre setembro e maio, em 91 anos", o que pode resultar em uma crise nacional de abastecimento.

Especialistas no setor consultados pela jornalista Ana Flor, do G1, confirmaram que há risco real de cortes no fornecimento de energia entre setembro e outubro, e que medidas como o retorno da bandeira vermelha e reajuste no valor-referência para preços no mercado livre de energia já deveriam ter sido colocados em prática.

O regime de racionamento da energia elétrica foi um dos momentos traumáticos mais marcantes do início do milênio no Brasil, em 2001, na reta final do governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

Enquanto ainda não há necessidade desta medida, equipes da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estão trabalhando com a possibilidade outras estratégias, como o racionamento de água para poupar os reservatórios da hidrelétricas e a suspensão da emissão de autorização para irrigantes.

Até o momento, Bento Alburquerque, ministro de Minas e Energia do Brasil, ainda não se pronunciou oficialmente sobre a situação, no entanto, segundo reportagem do Valor, ele teria ficado irritado ao ser surpreendido sobre a gravidade da crise, que não pode ser contornada com o acionamento das usinas térmicas.

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