Inovação

Sem saneamento básico, famílias ganham banheiro ecológico que funciona sem água e tem manutenção semestral

Solução promete transformação das fezes e urina em resíduos secos e fertilizantes

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Douglas Hacknen

Publicado em 01/06/2021 às 20:29 | Atualizado em 01/06/2021 às 20:52
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Com um País desigual, em pleno 2021, milhares de brasileiros ainda não têm acesso a um banheiro para fazer suas necessidades fisiológicas. Para um grupo de 250 moradores do distrito de Macambira, no município de Casa Nova, região Norte da Bahia, a 690 km de Salvador, essa realidade mudou, mas não necessariamente com a instalação de um sistema de esgotamento sanitário. Um total de 24 famílias receberam um projeto de banheiro ecológico, desenvolvido pela empresa JCR, em parceria com a Fundação Luís Eduardo Magalhães (Flem) e Secretaria de Desenvolvimento Rural.

Diferentemente dos banheiros químicos, o módulo de sanitário sustentável é um sistema autônomo, que garante um manejo higiênico e seguro.  segundo a gestão municipal e a empresa.

O banheiro funciona sem água, sem energia e sem produtos químicos. A manutenção é semestral, por conta de um sistema especial de exaustão. A promessa é de não haver nenhum odor. 

Segundo a empresa desenvolvedora do projeto, as fezes e urina se convertem em resíduo seco e torna-se fertilizante sem precisar de água.

“Esta tarefa pode ser executada com facilidade, segurança e de forma higiênica por uma só pessoa, sem necessidade de equipamentos especiais. O manejo do resíduo seco e estabilizado não causa nenhum impacto negativo para o meio-ambiente”, assegura João Garcez, diretor da empresa desenvolvedora. 


De acordo com o presidente da Flem, Rodrigo Hita, o Módulo Sanitário Sustentável pode ser empregado em todas as regiões rurais de clima quente em condições áridas ou semiáridas, “para seu melhor funcionamento requer: baixa umidade, radiação solar intensa e altas taxas de evaporação”.


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