SUSTO

Cobra píton albina com mais de dois metros é capturada dentro de casa em Goiânia

O animal estava no quintal de uma casa. Ibama acredita que a píton tenha sido traficada ou seja vítima de reprodução em cativeiro ilegal

Imagem do autor
Cadastrado por

JC

Publicado em 11/06/2021 às 23:21 | Atualizado em 11/06/2021 às 23:30
Notícia
X

com informações do G1

Uma cobra píton albina de mais de dois metros de comprimento foi capturada no município de Aparecida de Goiânia, em Goiás, nessa quinta-feira (10), pelo Corpo de Bombeiros. O animal, que estava dentro de uma casa, segundo explicou o biólogo Edson Abrão, é de origem africana ou asiática e deve ter sido traficado. 

"Provavelmente, foi comprada filhote e trazida clandestinamente para cá. O filhote dela custa até R$ 3 mil, uma deste tamanho pode valer R$ 15 mil", disse.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) também acredita que a cobra pode ter sido traficada porque ela não possui o microchip que contra animais silvestres. O animal será encaminhado para um local autorizado de manutenção de fauna silvestre. A soltura em habitat natural está proibida por lei.

"Apesar de ela ter veneno, ela não é peçonhenta. O macho não difere da fêmea. Vive como uma sucuri ou jiboia, mata por estrangulamento", explicou o biológo.

Quem acionou o Corpo de Bombeiros foi a dona da casa, que estava no quintal.

O titular da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema), Luziano Severino de Carvalho, afirmou que a cobra "pode ter vindo de perto, até mesmo na vizinhança. Isso signica que podemos ter tráfico de animais. Esse animal deve ter chegado aqui ainda filhote".

Naja de Brasília

No ano passado, um estudante de veterinária de 22 anos ficou em coma induzido depois ter sido picado por uma cobra naja que ele criava ilegalmente, no Gama, região do Distrito Federal. A naja é originária da África e da Ásia e integra a lista de cobras mais venenosas. O caso deu origem a uma investigação sobre o tráfico de animais exóticos no DF.

Ivan Mattos/Zoológico de Brasília
Segundo o MPDFT, o jovem criava em cativeiro e vendia serpentes de diversas espécies, tanto nativas quanto exóticas - Ivan Mattos/Zoológico de Brasília
Ivan Mattos/Zoológico de Brasília
Cobra naja de 1,5 metro que picou um estudante de veterinária em Brasília e está no Zoológico da capital federal - Ivan Mattos/Zoológico de Brasília

A cobra foi abandonada e a Polícia Militar só conseguiu encontrá-la após muita conversa com um amigo da vítima. A naja estava dentro de uma caixa atrás de um morro, em um shopping localizado no Setor de Clubes Sul de Brasília, a 14 quilômetros da casa do estudante.

Em entrevista ao UOL, o biólogo e diretor de répteis, anfíbios e artrópodes do Zoológico de Brasília, Carlos Eduardo Nóbrega, disse que o veneno da naja atinge o sistema neurológico e pode matar um humano em apenas 60 minutos depois da picada. "Se você não mexer com essa espécie, ela vai embora. Não ataca. Mas se ela se sentir ameaçada, levanta o corpo e se prepara para o bote. Porém, se o humano ou animal insistir, a Naja vai picar. Ela picou exclusivamente por defesa. Até porque essa cobra não tem capacidade física de engolir um ser humano", afirmou.

 Agora, a naja vive Instituto Butantan, em São Paulo.

 


Tags

Autor