Estimulante

Anvisa alerta sobre irregularidade do 'Melzinho do Amor' e determina apreensão de três marcas do produto

Já há música e famosos falando sobre o produto que não tem autorização da Anvisa

Imagem do autor
Cadastrado por

Cássio Oliveira

Publicado em 03/07/2021 às 10:09
Notícia
X

Nova moda no Brasil, o 'melzinho do amor', como ficou popularmente conhecido o estimulante sexual, pode não ser inofensivo. Apesar de ser vendido como um produto 100% natural, o produto não possui autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que determinou, na quinta-feira (1º), a apreensão de três marcas do produto alvo de investigação em Santa Catarina.

Uma das marcas já era considerada ilegal. Agora, a Anvisa também proibiu a comercialização, distribuição, fabricação, propaganda e o uso de mais duas marcas. "Produtos sem registro representam um risco à saúde. Não há conhecimento sobre composição, condições de fabricação e armazenamento, entre outras informações. Esses produtos podem, inclusive, conter substâncias tóxicas", diz a Anvisa em.

A Anvisa recebeu denúncia referente?à?venda de produto denominado Vital Honey, por meio de plataforma eletrônica. Desse modo, foi instaurado?dossiê de investigação sanitária e ficou proibida a comercialização, a distribuição, a fabricação, a propaganda e o uso, além da determinação de apreensão das unidades encontradas no mercado?dos produtos POWER HONEY?MELZINHO; RALA RALA ENERGY DRINK; VITAL HONEY.

Durante a investigação, foi avaliada a composição no rótulo, juntamente com sua indicação, para determinar o enquadramento?do?produto como medicamento. Não foi encontrado registro ou cadastro de medicamento com a referida denominação e nem pedido de regularização?dos produtos.

Para produtos registrados, a Anvisa pode realizar análises fiscais para verificar se a composição (teor?do?princípio ativo) está adequada às informações do?registro/cadastro. Nesse caso, identificou-se que se trata?de produto irregular, sem registro na Agência.?

Reportagem do G1 aponta que, nessa sexta-feira (2), o Procon catarinense informou que um dos sites com anúncios do produto removeu 14.252 mil propagandas relacionadas após determinação do órgão. Outras quatro empresas, notificadas pelo órgão, também deletaram os anúncios.

"As pessoas agora estão tendo o conhecimento da gravidade do "melzinho do amor". É uma maneira de colocar em alerta essas empresas virtuais que vendem algo que é expressamente proibido de comercialização no território brasileiro", informou o diretor do Procon SC, Tiago Silva.

O 'melzinho do amor' ganhou popularidade após ser citado em letras de funk e por famosos como o ex-jogador de futebol Vampeta. Já Sérgio Mallandro apareceu com uma embalagem na mão na gravação de seu podcast. Na internet, há inúmeros os sites de venda, além de páginas nas redes sociais criadas para sua comercialização. Como não tinha autorização da Anvisa, um homem chegou a ser preso em maio passado pela 12ª DP (Copacabana) vendendo o “melzinho”.

Ao G1 a Anvisa informou que: "Para produtos registrados, a Anvisa pode realizar análises fiscais para verificar se a composição (teor do princípio ativo) está adequada às informações do registro/cadastro. Nesse caso, identificou-se que se trata de produto irregular, sem registro na Agência. Já os produtos sem registro são passíveis de retirada imediata do mercado, conforme a Lei 6.360/77 e a Lei 9.782/99. Confirmada a configuração de infração sanitária, após a devida instauração do processo administrativo sanitário, os infratores são passíveis de pena, conforme o artigo 10, inciso IV, da Lei 6.437/77 ".

Tags

Autor