Em documento à CPI da Covid, Ministério da Saúde desaconselha uso de cloroquina e demais medicamentos do 'kit covid'
Os remédios, que integram os chamados "kit covid" e "tratamento precoce", muitas vezes defendidos pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), não têm eficácia comprovada contra a doença
O Ministério da Saúde informou, em um documento enviado à CPI da Covid, que os medicamentos cloroquina, hidroxicloroquina, azitromicina e ivermectina não devem ser utilizados em pacientes internados por causa da covid-19. Os remédios, que integram os chamados "kit covid" e "tratamento precoce", muitas vezes defendidos pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), não têm eficácia comprovada contra a doença.
- Notificações de reações adversas à hidroxicloroquina crescem 8.500% na pandemia
- E-mails mostram agilidade do governo por cloroquina
- Estudo com hidroxicloroquina não comprova eficácia no "tratamento precoce"
- Ao contrário do que afirma post, ivermectina em altas doses pode causar até convulsão
- Estudo é insuficiente para comprovar eficácia da ivermectina contra covid-19
Trata-se de uma nota técnica da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias do Sistema de Saúde (Conitec), encaminhada em resposta a um requerimento do senador Humberto Costa (PT-PE), que tinha pedido informações sobre o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas relativas ao tratamento da Covid-19.
"Alguns medicamentos foram testados e não mostraram benefícios clínicos na população de pacientes hospitalizados, não devendo ser utilizados, sendo eles: hidroxicloroquina ou cloroquina, azitromicina, lopinavir/ritonavir, colchicina e plasma convalescente. A ivermectina e a associação de casirivimabe + imdevimabe não possuem evidência que justifiquem seu uso em pacientes hospitalizados, não devendo ser utilizados nessa população", diz o documento do Conitec.