VIOLÊNCIA

Preso suspeito de passar a mão no corpo de ciclista no Paraná

O caso foi filmado por uma câmera de segurança

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Cadastrado por

Giovanna Torreão

Publicado em 28/09/2021 às 16:28 | Atualizado em 28/09/2021 às 16:29
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A Polícia Civil prendeu, nesta terça-feira (28), o homem suspeito de passar a mão em uma ciclista enquanto ela pedalava. O caso aconteceu no último domingo (26), em Palmas, no Paraná, e foi filmado por uma câmera de segurança. A vítima da importunação sexual caiu no chão e ficou ferida.

As imagens do circuito mostram o momento em que o carro se aproxima da ciclista e quando a pessoa que estava no banco do passageiro passa a mão no corpo dela. Na sequência, a vítima cai no chão e o carro vai embora. 

A vítima, Andressa Lustosa, registrou um boletim de ocorrência.Ao conseguir as imagens, ela fez umapublicaçãonas redes sociais e pediu ajuda da população para encontrar os envolvidos.De acordo com a polícia, quatro pessoas estavam no carro momento do crime e todos foram identificados.

"Eu acho que está na hora de alguém tomar uma atitude. A gente não está aguentando mais esse tipo de situação. É humilhante nós mulheres não podermos sair na rua para fazer uma atividade física. Você não pode sair na rua por medo. O que é isso? Em pleno século XXI, é triste. Não é normal isso", desabafou Andressa em entrevista ao Encontro.A jovem teve alguns ferimentos leves.

 

Reprodução/Instagram
Andressa sofreu lesões na pele devido a queda. - Reprodução/Instagram

"Alguém tem que parar esses agressores, esses abusadores, eles têm que entender que eles vieram de uma mulher, eles têm que respeitar. Já passou dos limites, é uma situação degradante para qualquer uma. Eu sei que hoje em dia muita mulher sofre e nem fala. E se não tivesse uma câmera para filmar, como é que eu ia provar o que aconteceu? Eu nem ia saber que o cara passou a mão em mim", acrescentou a ciclista.

Andressa prestou depoimento e fará exame de corpo de delito em decorrência das lesões. A Polícia informou ainda que a princípio, o caso é investigado como importunação sexual e lesão corporal.

O escritório de advocacia no qual a jovem é estagiária, Loureiro & Lehnhard, também se manifestou contra o ato. “Situações como esta não podem ser vistas como algo normal ou corriqueiro. Não é brincadeira, nem piada e qualquer tolerância a esses padrões sociais deve ser abolida. Este assunto deve ser tratado com prioridade pelas instituições, políticas públicas e pela sociedade”, afirmou a instituição.

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