Preso suspeito de passar a mão no corpo de ciclista no Paraná
O caso foi filmado por uma câmera de segurança
A Polícia Civil prendeu, nesta terça-feira (28), o homem suspeito de passar a mão em uma ciclista enquanto ela pedalava. O caso aconteceu no último domingo (26), em Palmas, no Paraná, e foi filmado por uma câmera de segurança. A vítima da importunação sexual caiu no chão e ficou ferida.
As imagens do circuito mostram o momento em que o carro se aproxima da ciclista e quando a pessoa que estava no banco do passageiro passa a mão no corpo dela. Na sequência, a vítima cai no chão e o carro vai embora.
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A vítima, Andressa Lustosa, registrou um boletim de ocorrência.Ao conseguir as imagens, ela fez umapublicaçãonas redes sociais e pediu ajuda da população para encontrar os envolvidos.De acordo com a polícia, quatro pessoas estavam no carro momento do crime e todos foram identificados.
"Eu acho que está na hora de alguém tomar uma atitude. A gente não está aguentando mais esse tipo de situação. É humilhante nós mulheres não podermos sair na rua para fazer uma atividade física. Você não pode sair na rua por medo. O que é isso? Em pleno século XXI, é triste. Não é normal isso", desabafou Andressa em entrevista ao Encontro.A jovem teve alguns ferimentos leves.
"Alguém tem que parar esses agressores, esses abusadores, eles têm que entender que eles vieram de uma mulher, eles têm que respeitar. Já passou dos limites, é uma situação degradante para qualquer uma. Eu sei que hoje em dia muita mulher sofre e nem fala. E se não tivesse uma câmera para filmar, como é que eu ia provar o que aconteceu? Eu nem ia saber que o cara passou a mão em mim", acrescentou a ciclista.
Andressa prestou depoimento e fará exame de corpo de delito em decorrência das lesões. A Polícia informou ainda que a princípio, o caso é investigado como importunação sexual e lesão corporal.
O escritório de advocacia no qual a jovem é estagiária, Loureiro & Lehnhard, também se manifestou contra o ato. “Situações como esta não podem ser vistas como algo normal ou corriqueiro. Não é brincadeira, nem piada e qualquer tolerância a esses padrões sociais deve ser abolida. Este assunto deve ser tratado com prioridade pelas instituições, políticas públicas e pela sociedade”, afirmou a instituição.