CRIME

Polícia Civil do Rio de Janeiro prende traficantes que mataram meninos de Belford Roxo

De acordo com as investigações, Lucas Matheus, de 9 anos; Alexandre, de 11 anos e Fernando Henrique, de 12 anos, foram torturados e mortos por traficantes com autorização do chefe da facção Comando Vermelho

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Agência Brasil

Publicado em 09/12/2021 às 20:10 | Atualizado em 09/12/2021 às 20:37
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A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu nesta quinta-feira (9) 16 pessoas acusadas de envolvimento no desaparecimento de três meninos em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, no dia 27 de dezembro do ano passado.

A operação na comunidade do Castelar, naquele município, mobilizou 250 agentes da Delegacia de Homicídios da Baixada e de outros órgãos da corporação e foi desencadeada para cumprir 56 mandados de prisão e finalizar o inquérito em andamento.

Até o início da tarde desta quinta, haviam sido cumpridos 31 mandados, sendo 15 deles de pessoas que já cumprem pena no sistema carcerário do estado.

De acordo com as investigações, Lucas Matheus, de 9 anos; Alexandre, de 11 anos e Fernando Henrique, de 12 anos, foram torturados e mortos por traficantes com autorização do chefe da facção Comando Vermelho, que comanda a venda de drogas na região.

O motivo seria um suposto roubo de uma gaiola de passarinho pelas crianças. Para o subsecretário de Polícia Civil do Rio, Ronaldo Oliveira, este foi mais um crime bárbaro praticado por esta facção.

Segundo ele, durante a sessão de tortura, um dos meninos morreu e então os bandidos decidiram matar os outros.

Os meninos foram vistos pela última vez, como mostraram imagens de câmeras de segurança, próximos de uma feira livre da região.

O desaparecimento deles teve muita repercussão e, por isso, o traficante apontado pelo assassinato foi morto como queima de arquivo.

Durante o inquérito, um homem denunciou a participação de um irmão no crime de ocultação dos corpos. Os policiais fizeram uma operação com a participação de bombeiros para tentar localizar as ossadas em um rio da região.

As equipes chegaram a encontrar uma ossada, que não foi identificada como sendo de um dos meninos.

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