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Kassio Nunes Marques interrompe votação do passaporte da vacina e pede julgamento no plenário

Análise no plenário presencial só deve ocorrer no próximo ano, já que esta é a última semana de trabalhos antes do recesso do Judiciário

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Estadão Conteúdo

Publicado em 16/12/2021 às 19:58 | Atualizado em 16/12/2021 às 20:00
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O ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), interrompeu nesta quinta-feira (16) o julgamento que vinha sendo travado no plenário virtual sobre a exigência do passaporte da vacina contra a covid-19 para passageiros internacionais entrarem no Brasil.

Ele apresentou um pedido de destaque para levar a análise ao plenário presencial - o que só deve ocorrer no próximo ano, já que esta é a última semana de trabalhos antes do recesso do Judiciário. Para a nova votação, o tribunal estará com a composição completa: o novo ministro André Mendonça, segundo indicado do presidente Jair Bolsonaro, foi empossa na tarde de hoje.

Os ministros já tinham formado maioria para exigir o comprovante de imunização dos viajantes, mas com o pedido de destaque o julgamento precisa ser retomado do início na sessão presencial. Com isso, fica valendo a liminar do ministro Luís Roberto Barroso, relator do processo, que tornou obrigatório o passaporte da vacina.

Na decisão individual, Barroso criticou o que classificou como 'autoridades negacionistas'. Ao comentar a determinação, o ministro defendeu que as medidas para enfrentamento da pandemia devem se pautar no 'princípio de precaução' e que o governo não teria como fiscalizar o cumprimento da proposta alternativa, de quarentena obrigatória para os viajantes não imunizados.

O controle sanitário nas fronteiras está sendo debatido em uma ação movida pelo partido Rede Sustentabilidade, que acusa o governo de 'omissão' por não revisar as restrições para desembarques internacionais.

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