TRAGÉDIA

Cânion de Capitólio: número de mortos sobe, mais de 30 são atendidos e bombeiros estimam ainda 20 desaparecidos

A estimativa de 20 pessoas desaparecidas, ainda de acordo com o Corpo de Bombeiros, é um número colhido com base nas informações repassadas pelas empresas locais de passeio e testemunhas

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Lucas Moraes

Publicado em 08/01/2022 às 17:50 | Atualizado em 08/01/2022 às 18:12
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O deslocamento de uma rocha que compunha o cânion do Capitólio, município de Minas Gerais, levou à morte cinco pessoas e, segundo estimativa do Corpo de Bombeiros, a estimativa inicial é de que pelo menos outras 20 pessoas estejam desaparecidas. Ao todo, nove pessoas foram socorridas com ferimentos leves em unidades hospitalares e outras 23 foram atendidas no posto de comando montado pelas autoridades e liberadas.

>>> Rocha se desprende de cânion e deixa vítimas após cair sobre lanchas em Capitólio (MG)

Os números da tragédia foram atualizados em coletiva de imprensa realizada em conjunto pelo Corpo de Bombeiros de Minas , Polícia e Defesa Civil. De acordo com as autoridades, das vítimas que vieram a óbito, todas foram encontradas já mortas. Como se trata de um acidente num momento que deveria ser de lazer, nas águas de uma represa e no momento em que as pessoas estavam em lanchas, a identificação dos mortos ainda não foi confirmada,pela falta de documentação. 

 

A estimativa de 20 pessoas desaparecidas, ainda de acordo com o Corpo de Bombeiros, é um número colhido com base nas informações repassadas pelas empresas locais de passeio e testemunhas. Ao todo, 40 agentes do Corpo de Bombeiros estão no local. Equipes de mergulho também foram deslocadas. 

As buscas e o trabalho de resgate devem seguir noite à dentro, exceto no caso do trabalho de mergulho, que será suspenso ao anoitecer, por conta da insegurança. 

A causa do desabamento da rocha ainda não foi identificada pelas autoridades. Polícia Civil e a Defesa Civil de Minas alegam que a responsabilidade do local é da Marinha do Brasil, que é responsável pela liberação das embarcações. 

Pela manhã, a Defesa Civil de Minas Gerais emitiu um alerta de chuvas para a região onde está localizado o lago. "Chuvas intensas na região com possibilidade de ocorrência de Cabeça D'água nos municípios de Capitólio, São João Batista do Glória e São José da Barra. Evite cachoeiras no período de chuvas. Em emergências ligue 199 ou 193", disse o comunicado nas redes sociais.

Em nota, a Marinha do Brasil informou que abriu inquérito para apurar o ocorrido. "A Marinha do Brasil informa que tomou conhecimento de um acidente, no fim da manhã de hoje, após deslizamento de rochedo atingir embarcações que navegavam a região dos cânions, em Capitólio-MG", disse a corporação em nota. Ressaltando, ainda, que a Delegacia Fluvial de Furnas deslocou equipes de Busca e Salvamento para o local.

Saiba mais sobre Capitólio

A 280 km da capital Belo Horizonte, a região de Capitólio é conhecida como “Mar de Minas” por causa dos lagos que compõem a natureza do lugar. A principal atração turística da região é o Lago de Furnas, considerado um dos maiores lagos artificiais do mundo, justamente o local em que aconteceu o acidente deste sábado.

A chegada na cidade precisa ser feita por via terrestre, já que não há aeroportos na região. Os aeroportos mais próximos são da cidade de Belo Horizonte (282 km), São Paulo (440 km) e Rio de Janeiro (635 km).

 

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