CIÊNCIA
Cientistas identificam nova árvore nativa da Amazônia
A descoberta se confirmou após coletas de flores e frutos, de julho de 2017 a março de 2020, e comparações com outras amostras depositadas em vários herbários do Brasil e do exterior
Notícia
X
Notícia
É o fato ou acontecimento de interesse jornalístico. Pode ser uma informação nova ou recente. Também
diz respeito a uma novidade de uma situação já conhecida.
Artigo
Texto predominantemente opinativo. Expressa a visão do autor, mas não necessariamente a opinião do
jornal. Pode ser escrito por jornalistas ou especialistas de áreas diversas.
Investigativa
Reportagem que traz à tona fatos ou episódios desconhecidos, com forte teor de denúncia. Exige
técnicas e recursos específicos.
Content Commerce
Conteúdo editorial que oferece ao leitor ambiente de compras.
Análise
É a interpretação da notícia, levando em consideração informações que vão além dos fatos narrados.
Faz uso de dados, traz desdobramentos e projeções de cenário, assim como contextos passados.
Editorial
Texto analítico que traduz a posição oficial do veículo em relação aos fatos abordados.
Patrocinada
É a matéria institucional, que aborda assunto de interesse da empresa que patrocina a reportagem.
Checagem de fatos
Conteúdo que faz a verificação da veracidade e da autencidade de uma informação ou fato divulgado.
Contexto
É a matéria que traz subsídios, dados históricos e informações relevantes para ajudar a entender um
fato ou notícia.
Especial
Reportagem de fôlego, que aborda, de forma aprofundada, vários aspectos e desdobramentos de um
determinado assunto. Traz dados, estatísticas, contexto histórico, além de histórias de personagens
que são afetados ou têm relação direta com o tema abordado.
Entrevista
Abordagem sobre determinado assunto, em que o tema é apresentado em formato de perguntas e
respostas. Outra forma de publicar a entrevista é por meio de tópicos, com a resposta do
entrevistado reproduzida entre aspas.
Crítica
Texto com análise detalhada e de caráter opinativo a respeito de produtos, serviços e produções
artísticas, nas mais diversas áreas, como literatura, música, cinema e artes visuais.
Em 1973, um dos pais da etnobotânica e estudioso da Amazônia, o americano Richard Evans Schultes (1915-2001), coletou um exemplar de uma arvoreta, deu-lhe o nome de uma espécie que supunha tratar-se na época, e depositou a planta no herbário do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).
Quase meio século depois, um estudo permitiu ao ecólogo Layon Oreste Demarchi e aos biólogos Maria Teresa Piedade (Inpa) e Lucas Marinho (Universidade Federal do Maranhão), identificarem aquela árvore como uma nova espécie nativa da floresta.
A descoberta se confirmou após coletas de flores e frutos, de julho de 2017 a março de 2020, e comparações com outras amostras depositadas em vários herbários do Brasil e do exterior.
Com o resultado, eles corrigiram a classificação anterior, feita por outros cientistas, e a nova espécie ganhou o nome de Tovomita cornuta. O resultado está publicado na revista Acta Botanica Brasílica.
Pesquisadora da biodiversidade da Amazônia há mais de 40 anos, Maria Teresa Piedade alerta para a importância da descoberta em meio aos impactos humanos na região. "Somos gestores da maior biodiversidade do planeta, mas ainda estamos longe de conhecê-la em sua totalidade. A perda de hábitats por ações humanas como incêndios, garimpo e outros vetores, se opõe aos trabalhos de busca e uso da floresta em pé", destaca.
Campinaranas
A espécie foi vista em Manaus e nas cidades vizinhas de Presidente Figueiredo e São Sebastião do Uatumã. "Encontramos poucas coletas, o que nos leva a pensar que a espécie é naturalmente rara", diz Demarchi.
Ele liderou a pesquisa no doutorado sobre as campinaranas (florestas de areias brancas).
Essas áreas, descreve, são ecossistemas com solos arenosos e pobres em nutrientes, com presença contínua na bacia do Rio Negro e no sul de Roraima.
No resto da Amazônia, aparecem fragmentadas, como ilhas de vegetação fragmentada. É o local exclusivo de ocorrência da árvore, que cresce entre 3 e 8 metros de altura, em vegetação densa.
Ela não sobrevive em áreas abertas com luz solar direta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.