Brasil tem 52 refugiados ucranianos, mas o número de apátridas é maior
Conforme dados da Polícia Federal, ao todo, são 39 registros temporários; 8 residentes e 5 provisórios.
Cinquenta e dois ucranianos, com idades entre cinco e 74 anos, estão no Brasil na condição de refugiados, depois que deixaram o país de origem em decorrência da invasão russa, iniciada no dia 24 de março deste ano. Conforme dados da Polícia Federal, ao todo, são 39 registros temporários; 8 residentes e 5 provisórios.
No entanto, o número de refugiados na condição de apátrida é muito maior, já que o governo brasileiro autorizou a permanência de ucranianos por até 90 dias no país sem a necessidade de visto.
Segundo a PF, os registros dos refugiados no Brasil se deram em 12 estados, a maior parte deles no Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia.
No início da semana, o Ministério das Relações Exteriores comunicou que os ucranianos têm sido apoiados pela força-tarefa promovida com a ajuda da Embaixada do Brasil em Varsóvia, capital da Polônia. É lá que são providenciados os documentos de viagem e notas dirigidas às autoridades migratórias, sanitárias e aeroportuárias polonesas.
ACOLHIMENTO
A organização Global Kingdom Partnership Network, que reúne pastores e líderes cristãos em diversos países, integra a rede de acolhimento aos ucranianos no Brasil. O fundador da entidade, pastor Elias Dantas, explica que o grupo conta com seis bases espalhadas pela Ucrânia e que, quando confirmado o desejo de sair do país do leste europeu, os refugiados são encaminhados primeiro para Lviv, cidade ucraniana próxima a fronteira com a Polônia, para depois seguirem para Varsóvia.
Elias Dantas também destacou o que as entidades religiosas ajudam os refugiados com comida, vestimentas, escola para as crianças e ajuda para trabalhar.
Ainda de acordo o pastor Elias, quando os ucranianos que estão lutando vierem ao Brasil e se unirem às famílias, os refugiados terão dois meses para decidir se querem continuar aqui ou se querem retornar ao país de origem. Nesse último caso, a rede de apoio se estende a ajuda na reconstrução das casas na Ucrânia.
O trabalho da rede de líderes religiosos já atuou em outros conflitos, como no Afeganistão e na Síria, onde 200 casas foram reconstruídas e milhares de pessoas assistidas.