Saúde

VARÍOLA DOS MACACOS: dois casos suspeitos estão sendo investigados no Brasil

De acordo com a pasta, os casos investigados estão em Santa Catarina e no Ceará

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Ana Maria Miranda

Publicado em 30/05/2022 às 15:13 | Atualizado em 30/05/2022 às 15:32
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Com informações da Reuters e da AFP

O Ministério da Saúde informou, nesta segunda-feira (30), que está monitorando dois casos suspeitos da varíola dos macacos no Brasil.

De acordo com a pasta, os casos investigados estão em Santa Catarina e no Ceará. Em nota, o ministério informou que "está em contato com estados para apoiar no monitoramento e ações de vigilância em saúde".

A doença tem se espalhado em países da Europa e nos Estados Unidos. Até o momento, a Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que 23 países que antes não tiveram registros de varíola dos macacos relataram mais de 250 casos.

Nesta segunda-feira (30), Rosamund Lewis, a principal especialista em varíola dos macacos da OMS, disse que não espera que as centenas de casos relatados até o momento se transformem em outra pandemia.

Apesar disto, a especialista reconheceu que ainda há muitas incógnitas sobre a doença, incluindo como exatamente ela está se espalhando e se a suspensão da imunização em massa contra a varíola décadas atrás pode de alguma forma estar acelerando sua transmissão.

As informações da OMS foram repassadas durante uma sessão pública nesta segunda. Lewis disse que é fundamental enfatizar que grande parte dos casos vistos em dezenas de países em todo o mundo são entre gays, bissexuais ou homens que fazem sexo com homens, para que os cientistas possam estudar mais a questão e que as populações em risco tomem precauções.

"É muito importante descrever isso, porque parece ser um aumento em um modo de transmissão que pode ter sido pouco reconhecido no passado", disse Lewis, líder técnico da OMS sobre varíola.

Ainda assim, ela alertou que qualquer pessoa corre risco potencial de contrair a doença, independentemente de sua orientação sexual.

Outros especialistas apontaram que pode ser acidental que a doença tenha sido detectada pela primeira vez em homens gays e bissexuais, dizendo que pode ela se espalhar rapidamente para outros grupos se não for controlada.

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