7 DE SETEMBRO: conheça a história de 3 mulheres importantes para a Independência do Brasil
O processo de ruptura de um regime colonial português para a Independência do Brasil contou também com o protagonismo de 3 importantes mulheres
Com informações da Agência Brasil
Nesta quarta-feira, 7 de setembro, o Brasil comemora 200 anos de Independência. O processo de ruptura de um regime colonial português para uma nação independente contou também com o protagonismo de 3 importantes mulheres: Maria Quitéria, Maria Felipa e Joana Angélica.
POUCO ANTES DO 7 DE SETEMBRO
Alguns meses antes da independência ser proclamada no dia 7 de setembro de 1822, um movimento de emancipação já havia começado na Bahia em fevereiro daquele mesmo ano. No entanto, os portugueses se recusaram a sair da província e houve uma guerra que durou até a expulsão dos colonizadores em 2 de julho de 1823.
Maria Quitéria
O conflito armado contou com a presença de Maria Quitéria de Jesus (1792-1853), a primeira mulher a integrar as Forças Armadas do Brasil. Indo de encontro aos costumes impostos da época, a filha de lavrador usou trajes masculinos e, sob o codinome de "Soldado Medeiros", se alistou como voluntária na guerra.
Pouco depois, desmascara pelo pai, Quitéria ganhou permissão do major para continuar no Batalhão, mesmo sendo mulher. Sua bravura na luta se destacava e a donzela chegou a receber uma condecoração de Dom Pedro I.
Em março de 1823, um registro de Portaria do Governo Provisório da Vila de Cachoeira mostra que o Major pediu ao Inspetor dos Fardamentos, Montarias e Misteres do Exército que enviasse "saiotes, e uma espada" para que ela fosse fardada com trajes femininos.
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Maria Felipa
Outra Maria, mas de origem muito mais humilde também se destacou: Maria Felipa (? - 1873). Nascida escravizada, Felipa alcançou a liberdade ainda na vida adulta. Não há registros ou documentos históricos que comprovem sua existência, sua história segue sendo repassada na tradição oral.
Marisqueira, Maria Felipa teria se alistado na Campanha da Independência, que reunia índios, negros livres e escravizados, que eram a favor da independência do Brasil, e que organizavam a resistência na Bahia.
Em um dos seus feitos, Felipa teria reunido um grupo de 40 mulheres que seduziram os portugueses que ancoraram na ilha de Itaparica. Quando eles baixaram a guarda, elas deram uma surra de cansanção, uma planta de urtiga e conseguiram expulsar os inimigos.
Joana Angélica
Já Joana Angélica (1761 - 1822) foi a única das três que acabou morrendo durante os conflitos. Nascida em uma família de riscos aristocratas de Salvador, Bahia, tornou-se freira aos 20 anos.
Bastante religiosa, a freira juntou forças para defender o seu convento da invasão dos portugueses, que tinham instrução de ocupar até mesmo lugares religiosos. No conflito, Joana foi morta a golpes de baioneta.
Após sua morte, a religiosa virou uma mártir desse período de guerra na Bahia e hoje é considerada uma das heroínas baianas, junto com Maria Quitéria e Maria Felipa.