DESMATAMENTO

Queimadas na Amazônia legal já superam este ano as registradas em 2021

Os focos de queimadas registradas na Amazônia legal este ano já superam as detectadas em todo 2021, segundo dados oficiais

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Edilson Vieira

Publicado em 19/09/2022 às 21:15
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Com informações da AFP

Até este domingo (18), foram registrados 75.592 focos de queimadas, frente aos 75.090 detectados em todo 2021, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

Setembro já se anunciava um mês crítico na questão das queimadas, ao registrar 18.374 focos em apenas uma semana, quase 10% a mais que em todo o mesmo mês de 2021.

A ONG ambientalista Greenpeace afirmou em nota que o aumento das queimadas é uma "tragédia anunciada" e está "associado com desmatamento e grilagem de terras".

Desmatamento médio anual da Amazônia aumentou

O desmatamento e os incêndios florestais dispararam durante o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentará a reeleição em outubro.

Desde que ele assumiu a Presidência, em janeiro de 2019, o desmatamento médio anual na Amazônia brasileira aumentou 75% em comparação com a década anterior.

"Após quase quatro anos de uma clara e objetiva política anti-ambiental por parte do governo federal, vemos que na iminência do encerramento deste mandato (...), grileiros e todos aqueles que têm operado na ilegalidade viram um cenário perfeito para avançar sobre a floresta", disse no comunicado o porta-voz do Greenpeace Brasil para a Amazônia, André Freitas.

O presidente rechaça as críticas, argumentando que a extensão da Amazônia dificulta a fiscalização e que o Brasil preserva suas florestas muito melhor do que a Europa.

Operações militares ou Fundo Amazônia

Em seu programa de governo, se for reeleito, Bolsonaro prevê prosseguir com as operações militares "Verde Brasil" e "Guardiões do Bioma", apesar de terem sido criticadas por seu alto custo e baixa eficiência no combate ao desmatamento, aos incêndios e à criminalidade na Amazônia.

Seu principal adversário, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), promete, por sua vez, fortalecer os órgãos oficiais de controle ambiental para combater as atividades ilegais na região e reativar o milionário Fundo Amazônia, financiado por Noruega e Alemanha para auxiliar nas tarefas de preservação, paralisado desde que Bolsonaro chegou à Presidência.

 


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