Uma mulher de 36 anos foi enterrada viva em um cemitério municipal da cidade de Visconde do Rio Branco, na zona da mata de Minas Gerais, na última terça-feira. Coveiros acionaram a Polícia Militar do Estado após perceberem marcas de sangue próximas de um sepulcro vertical fechado com tijolo e cimento fresco.
Ao chegarem ao local, policiais ouviram gritos de "socorro". Eles, então, quebraram a parede de tijolos e retiraram a mulher, que tinha ferimentos na cabeça e vários cortes pelo corpo.
O Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) foi chamado e a mulher, socorrida ao Hospital São João Batista. Ela prestou depoimento, mas segue internada em estado grave, segundo o hospital, que não deu mais detalhes sobre o caso.
A princípio, de acordo com informações do delegado Diego Candian Alves, da Delegacia Regional de Polícia Civil em Ubá, a motivação do crime seria vingança envolvendo "desacertos" a respeito de uma arma de fogo.
À polícia, a mulher apontou dois homens como suspeitos, de 20 e 22 anos. Eles foram identificados, mas seguiam foragidos ontem. Segundo a mulher, ela estava em casa na companhia do marido, quando os homens chegaram encapuzados e começaram a agredir ambos. O marido, no entanto, conseguiu fugir do local.
Ela afirmou que, a partir desse momento, não se lembra mais de nada até acordar no sepulcro, onde teria ficado por cerca de dez horas.
O serviço de Inteligência da Polícia Civil apurou que a vítima tem envolvimento com tráfico de drogas e furto. Ela disse ainda que teria guardado armas e drogas para os suspeitos e que esse material teria sido "extraviado".
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