CÉSIO-137 DESAPARECIDO: Fontes radioativas de CÉSIO-137 desaparecem em mineradora de Minas Gerais
O desaparecimento das fontes de Césio-137 aconteceu na noite do dia 29 de junho e os responsáveis pelas investigações acreditam que tenha sido furto
A Polícia Civil está investigando o desaparecimento de duas fontes radioativas de Césio-137, que pertenciam a mineradora AMG, localizada em Nazareno, sul de Minas Gerais.
O desaparecimento aconteceu na noite do dia 29 de junho e os responsáveis pelas investigações acreditam que tenha sido furto.
Leia nesta matéria:
- Fonte radioativas de Césio-137 desaparecem em mineradora de Minas Gerais
- Acidente radioativo com Césio-137 em Goiânia completa 36 anos
FONTES RADIOATIVAS DE CÉSIO-137 DESAPARECEM EM MINERADORA DE MINAS GERAIS
No dia 29 de junho, duas fontes de Césio-137, isótopo radioativo, desapareceram de uma mineradora em Nazareno, no sul de Minas Gerais.
Técnicos da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) estão investigando sobre o desaparecimento.
Os responsáveis pelas investigações acreditam que os equipamentos podem ter sido furtados.
Técnicos do Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN) foram ao local do desaparecimento no dia seguinte ao desaparecimento para verificar as medidas de radioproteção da mineradora.
No mesmo dia, a Polícia também foi acionada e a empresa registrou um boletim de ocorrência.
Segundo a Comissão Nacional de Energia Nuclear, as fontes desaparecidas são duplamente encapsuladas com aço inoxidável, além de blindadas externamente em aço inox, o que as fazem resistirem a impactos.
As fontes de Césio-137 estão classificadas na categoria 5 e "não perigosas", de acordo com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
"Não são esperados efeitos severos à saúde pelo contato com as mesmas. No entanto, é importante continuar as buscas para recuperá-las de tal forma a prevenir exposições desnecessárias", declarou a CNEN.
ACIDENTE RADIOATIVO COM CÉSIO-137 EM GOIÂNIA COMPLETA 36 ANOS
Em setembro deste ano, o acidente radioativo mais grave do país completa 36 anos.
No dia 13 de setembro de 1987, acontecia o vazamento do material radioativo Césio-137, na cidade de Goiânia.
O acidente aconteceu depois que dois catadores de materiais recicláveis encontraram uma máquina nas instalações do antigo Instituto Goiano de Radioterapia.
Os homens levaram o material para casa, o dividiram em partes, venderam o que não interessava ao ferro-velho.
O proprietário do ferro-velho, Devair Ferreira, desmontou a máquina que havia comprado a fim de reaproveitar o chumbo, mas, no ato, expôs o ambiente a 19,26 gramas de cloreto de Césio-137.
O Césio-137 estava na forma de um pó branco que emitia uma luz azulada no escuro e foi exposto a toda vizinhança durante cerca de quatro dias. Algumas pessoas chegaram até a levar uma amostra do material para casa.
Além disso, parte do equipamento também foi vendido para outro ferro-velho, o que fez o material radioativo se espalhar mais rapidamente.
Em poucos dias, as pessoas começaram a apresentar sintomas ligados aos altos níveis de radiação no organismo, como diarreia, náuseas, tonturas e vômitos.
Apenas 16 dias depois, constatou-se que tudo foi acarretada por uma contaminação radioativa.
O acidente de Césio-137 deixou quatro pessoas mortas diretamente, além de 129 pessoas comprovadamente contaminadas e cerca de 6 mil toneladas de lixo e rejeitos.