ESTIAGEM

Governo promete 'recursos necessários' contra seca no Amazonas

A seca no Amazonas afeta cerca de 500 mil habitantes de 58 municípios em estado de emergência

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Publicado em 04/10/2023 às 18:51
Cadu Gomes/VPR
Vice-Presidente da República, Geraldo Alckmin, acompanhado de ministros, desembarca em Manaus para visitar áreas afetadas pela forte estiagem - FOTO: Cadu Gomes/VPR

O vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou, nesta quarta-feira (4), que "não faltarão recursos" para enfrentar a seca extrema na região Norte, durante visita ao estado do Amazonas.

"Não faltarão recursos. Quem tiver necessidade, vai encaminhando para que a gente, dentro da lei, possa liberá-los o mais rapidamente possível e atender a população", disse Alckmin durante entrevista coletiva em Manaus, após percorrer áreas afetadas.

O vice-presidente lidera uma comitiva de ministros que desembarcou na região amazônica a pedido do presidente Lula, que se recupera de uma cirurgia realizada na última sexta-feira.

SECA NO AMAZONAS

A seca no Amazonas afeta cerca de 500 mil habitantes de 58 municípios em estado de emergência, a quase totalidade do estado. A falta d'água nos rios da região dificulta a navegação, fundamental para o transporte e abastecimento de comunidades que também consomem a água dessas fontes. Além disso, a redução da vazão provocou uma mortandade alarmante de peixes.

A prioridade das autoridades é garantir alimentos e água potável para a população, bem como a melhora do transporte pelos rios Madeira e Solimões, por onde passam, principalmente, soja, pescado e combustíveis. O governo federal liberou 138 milhões de reais para obras de dragagem nesses rios e irá antecipar, nos municípios em emergência, o pagamento do Bolsa Família e de um seguro para os pescadores.

Um total de 191 brigadistas foram destacados para combater os incêndios, agravados pela seca, e auxiliar a Defesa Civil.

ATUAÇÃO DO GOVERNO

A comitiva de ministros percorreu com o governador Wilson Lima o Porto de Manaus, onde testemunhou o nível baixo do Rio Negro e conversou com trabalhadores. A seca também impactou os estados de Rondônia e Acre.

A temporada de chuvas, que começa em novembro, deve ser insuficiente para recuperar o nível dos rios, previu Lima. "Estamos vivendo dois fenômenos: o cruzamento do El Niño, que é um fenômeno natural, com a mudança do clima de forma descontrolada com o aquecimento do Atlântico Norte", destacou a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que também viajou de Brasília.

A região sofre com o fenômeno El Niño, que reduz a formação de nuvens e, consequentemente, de chuvas. 

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