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Guerra em Israel: Itamaraty confirma morte de 3ª brasileira após ataque do Hamas 

Karla Stelzer Mendes era a última brasileira desaparecida desde quando a guerra foi deflagrada

Katarina Moraes
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Katarina Moraes
Publicado em 13/10/2023 às 9:45 | Atualizado em 13/10/2023 às 10:10
REPRODUÇÃO
Carioca, Karla Stelzer Mendes, de 42 anos, morreu após o atentado - FOTO: REPRODUÇÃO

Com AFP

O Itamaraty confirmou, na manhã desta sexta-feira (13), a morte de mais um brasileiro após o atentado do grupo Hamas contra Israel, no dia 7 de outubro. A vítima é a carioca Karla Stelzer Mendes, de 42 anos. Com ela, já são três brasileiros mortos no conflito.

Karla era a última brasileira desaparecida desde quando a guerra foi deflagrada no sábado (7). Na terça-feira (10), o Ministério das Relações Exteriores havia confirmado a morte de outros dois, Ranani Nidejelski Glazer e Bruna Valeanu.

Em nota, o governo brasileiro lamentou o falecimento da carioca. "Ao solidarizar-se com a família, amigas e amigos de Karla, o Governo brasileiro reitera seu total repúdio a todos os atos de violência contra a população civil", escreveu.

REPATRIAÇÃO

Na quinta-feira (12) o Brasil enviou a sexta aeronave da "Operação Voltando em Paz" para a repatriação de brasileiros em Israel. O acionamento foi feito em caráter de urgência. O avião tem capacidade para 40 passageiros. A aeronave trata-se da VC-2 (Embraer 190), da presidência da República, que foi cedida para a missão.

Na madrugada desta sexta (13), o avião pousou em Roma, na Itália, país que tem servido como escala na operação. No momento, a aeronave aguarda autorização para pousar no Egito e repatriar 28 brasileiros que estão em na Faixa de Gaza.

Até o momento, quase 500 brasileiros já retornaram do solo israelense nos três voos organizados pelo governo brasileiro desde o início dos confrontos entre o Hamas, grupo político e militar que controla a Faixa de Gaza, e Israel.

Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), na capital pernambucana, desembarcaram cinco passageiros. Em vídeo divulgado pela Força Aérea, é possível ver pessoas se abraçando no pátio da Base Aérea do Recife, comemorando a volta dos passageiros ao Brasil.

GUERRA EM ISRAEL

Desde o início das hostilidades, em 7 de outubro, na esteira de um sangrento ataque do movimento islâmico palestino Hamas, cerca de 1.200 pessoas morreram em Israel, a maioria civis. Entre os mortos, há pelo menos 258 soldados israelenses, segundo o Exército.

Na Faixa de Gaza, os maciços bombardeios israelenses, lançados em resposta, deixaram 1.537 mortos, incluindo muitos civis, segundo as autoridades locais. O grupo islâmico também mantém cerca de 150 reféns na Faixa, dos quais 13, "incluindo estrangeiros", morreram em bombardeios israelenses, disse o braço armado do Hamas nesta sexta.

O Exército de Israel convocou "a saída de todos os civis" da Cidade de Gaza, no norte do enclave, para o sul, "para sua própria segurança e proteção", anunciou hoje. Pela manhã, lançou panfletos em árabe dos aviões, instando os moradores a deixarem suas casas "imediatamente". O exército deu um prazo, em princípio, de 24 horas, mas depois admitiu que essa retirada "levará tempo".

O Hamas rejeitou imediatamente a ordem. "Nosso povo palestino rejeita a ameaça dos líderes da ocupação (israelense) e seus apelos para que deixem suas casas e fujam para o sul, ou para o Egito", declarou o Hamas em um comunicado.

Informada momentos antes da ordem israelense de "realocação" de 1,1 milhão de habitantes, a ONU fez um apelo pela anulação da medida. Uma retirada desse tipo é "impossível sem causar consequências devastadoras", alertou Stéphane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da ONU.

O Ministério palestino da Saúde também observou que era "impossível retirar pacientes vulneráveis dos hospitais no norte de Gaza".

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