RETROSPECTIVA 2023

Retrospectiva 2023: tragédias ambientais marcaram o ano no Brasil

O ano de 2023 registrou tragédias ambientais intensas no Brasil, mas também conquistas para a população

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JC

Publicado em 28/12/2023 às 0:03 | Atualizado em 28/12/2023 às 0:03
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No ano de 2023, a natureza deu severos recados aos brasileiros. Chuvas intensas, ciclone, calor extremo e explorações predatórias acenderam ainda mais o alerta em relação à ação do homem sobre a natureza e os impactos gerados, causando mortes e destruição.

No País, o ano também se encerra mostrando que somos mais e diversos. O IBGE revelou o reconhecimento de mais brasileiros como 'pardos'. A população negra ainda sofreu ataques, mas também teve direitos reconhecidos. Veja alguns dos principais acontecimentos do Brasil em 2023:

CICLONE NO SUL 

A passagem do ciclone extratropical que atingiu o Rio Grande do Sul deixou pelo menos 37 mortos em 10 cidades. As mortes registradas no estado superam a maior tragédia natural das últimas quatro décadas no Rio Grande do Sul, quando 16 pessoas morreram. 

SECA NO AMAZONAS

Das 62 cidades que compõem o estado do Amazonas, 59 entraram em situação de emergência por causa da seca histórica que atingiu a região. Em Manaus, a seca foi a pior registrada em 121 anos. A cota do Rio Negro, chegou aos 12,89m, a menor registrada desde 1902, quando começaram as medições do volume do rio. O recorde de alta já medido foi de 30,02 metros em 16 de junho de 2021.

ONDA DE CALOR

O calor extremo levou cidades brasileiras a atingiram temperaturas históricas. Segundo o INMET, a maior temperatura registrada oficialmente no Brasil foi 44,8 °C em Araçuaí, Minas Gerais, no dia 19 de novembro de 2023, superando o recorde também oficial de Bom Jesus, Piauí, de 44,7 °C, em 21 de novembro de 2005.

AFUNDAMENTO EM MACEIÓ

Mais de 14 mil imóveis condenados nos bairros de Pinheiro, Bom Parto, Mutange, Bebedouro e Farol. Após décadas de mineração da Braskem, parte da capital alagoana vive um processo de afundamento do solo que se acelerou em 2023. As rachaduras em ruas, prédios e casas, chamaram atenção de todo o País e forçaram cerca de 55 mil pessoas a abandonarem suas residências e vida construída na capital alagoana.

 

QUANTOS SÃO OS BRASILEIROS

A população brasileira chegou a 203.062.512 habitantes em 1º de agosto de 2022. O Censo 2022, divulgado neste ano, mostra que a população cresceu 6,5% desde 2010, o que representa um aumento de 12.306.713 milhões de pessoas. A população de Pernambuco cresceu 3%, alcançando 9.058.155 habitantes no Censo de 2022.

QUEM SÃO OS BRASILEIROS

Em 2022, cerca de 92,1 milhões de pessoas se declararam pardas, o equivalente a 45,3% da população do país. Desde 1991, esse contingente não superava a população branca, que chegou a 88,2 milhões (ou 43,5% da população do país). Outras 20,6 milhões se declaram pretas (10,2%), enquanto 1,7 milhões se declararam indígenas (0,8%) e 850,1 mil se declaram amarelas (0,4%). Segundo o Censo 2022, Pernambuco tem 5.006.802 pessoas que se declaram pardas. Em segundo lugar, 3.043.916 pernambucanos (33,6%) se identificaram como brancos, 909.557 como pretos (10,4%), 106.646 como indígenas (0,92%) e 13.225 como amarelos (0,15%).

NOVO FERIADO E CONSCIÊNCIA NEGRA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou a lei que torna o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, 20 de novembro, em feriado nacional. O texto foi proposto pela bancada negra da Câmara dos Deputados, criada também neste ano de 2023, para discutir propostas de interesse da população negra por meio dos mais de 120 deputados que se declaram pretos ou pardos.

RESPEITO À COMUNIDADE LGBTQIA+

Atos ofensivos praticados contra pessoas da comunidade LGBTQIA+ podem ser enquadrados como injúria racial. A decisão foi tomada pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal na sessão virtual concluída no mês de agosto. Ao equiparar ofensas individuais ao crime de injúria racial, atos de discriminação contra pessoas LGBTQIA+ poderão ser punidos de forma mais severa.

CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA E INDÍGENA

Trinta e cinco anos após promulgada, a Constituição brasileira foi traduzida pela primeira vez para uma língua indígena: o nheengatu. Patrocinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a nova versão da Carta Magna foi lançada no município de São Gabriel da Cachoeira (AM), em uma cerimônia na maloca da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN).

 

 

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