Acidente em Vinhedo: agência estrangeira que atuou em caso Air France ajuda na investigação

Agência, convidada pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, ligado à FAB, chegou a São Paulo neste domingo (11)

Publicado em 11/08/2024 às 13:26

Equipes da França chegaram ao Brasil para colaborar com a investigação do acidente com o avião da Voepass que causou a morte de 62 pessoas na sexta-feira, 9. Agentes do escritório de Investigações e Análises para a Segurança da Aviação Civil (Bea), agência francesa que investiga acidentes aéreos chegaram na manhã deste domingo, 11, ao local da queda em Vinhedo, interior de São Paulo.

O órgão é o mesmo que investigou as causas do desastre da Air France, de 2009, em um voo entre o Rio e Paris.

A agência francesa foi convidada pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, ligado à Força Aérea do Brasil (FAB), para participar da apuração das causas da tragédia. O avião foi fabricado pela empresa franco-italiana ATR.

Representantes da ATR também são esperados em Vinhedo, no interior de São Paulo, para acompanhar a retirada dos motores da aeronave. Este é o acidente aéreo com maior número de vítimas em solo brasileiro desde 2007.

Segundo Eduardo Borges, representante da diretoria do condomínio Recanto Florido, onde o avião caiu, grande parte da fuselagem do avião já foi retirada, mas os dois motores permanecem no terreno. Um deles está parcialmente enterrado no solo e deve ser usado um guindaste para a remoção.

Uma equipe do Cenipa também retornou ao condomínio esta manhã para acompanhar a pericia. O local onde o avião caiu, em um lote do condomínio com 1,2 mil metros quadrados, continua interditado. A casa atingida pela aeronave foi parcialmente danificada e os moradores se mudaram para a casa de parentes.

Papel da BEA

No dia 1º de junho de 2009, o avião da AirFrance partiu do Rio de Janeiro com 216 passageiros e 12 tripulantes, rumo a Paris. Entre as vítimas, 58 eram brasileiras.

A queda da aeronave ocorreu no Oceano Atlântico, a 820 quilômetros do arquipélago de Fernando de Noronha. Naquele momento, o Airbus estava fora da área de cobertura do controle aéreo brasileiro e do controle aéreo senegalês, o mais próximo daquele ponto do oceano.

Os primeiros corpos e restos da aeronave foram encontrados dias depois, mas as caixas-pretas foram só foram localizadas só em abril de 2011, a uma profundidade de 3.900 metros, na quarta fase das buscas.

Em julho de 2012, o inquérito oficial da Bureau de Investigações e Análises (BEA) divulgou o relatório oficial do acidente. No documento, estão diversos fatores que motivaram o acidente - o primeiro com vítimas envolvendo uma aeronave A330.

 

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