Com focos de incêndio, área do Parque da Cantareira é fechada
De acordo com a Semil, a região está sendo monitorada por drones térmicos e equipes terrestres. O incêndio vem sendo combatido desde quarta

O Núcleo Cabuçu, no Parque Estadual da Cantareira, na Grande São Paulo, foi fechado ontem para o combate de focos de incêndio que se alastram pela região e atingem áreas das cidades de Guarulhos e Mairiporã e da capital. A previsão é de que o fechamento do parque, determinado pela Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) do Estado, por meio da Fundação Florestal (FF), seja mantido até o dia 12 de setembro.
De acordo com a Semil, a região está sendo monitorada por drones térmicos e equipes terrestres. O incêndio vem sendo combatido desde quarta-feira, com o uso de helicópteros que trabalham com o lançamento de água sobre as chamas. Um levantamento do governo paulista aponta que, com a restrição de acesso à Cantareira, sobe para 81 o número de unidades de conservação fechadas no Estado como medida de prevenção.
"A decisão foi tomada pelo governo em resposta ao crescente risco de incêndios florestais, que coloca em perigo tanto os visitantes quanto as áreas de preservação. O fechamento seguirá até o dia 12 de setembro, podendo ser revisado conforme as condições climáticas e os riscos associados", informou a gestão estadual, em nota. A região é caracterizada pelo difícil acesso e apresenta grande área consumida pelas chamas. O local tem mata nativa e a situação fica mais grave por causa do tempo seco e das altas temperaturas.
OUTRAS REGIÕES PAULISTAS
Outras partes do Estado de São Paulo também vêm sendo afetadas pelo fogo. Segundo a atualização da Defesa Civil feita ao meio-dia desta quinta, as cidades paulistas focos de incêndio são: Mairiporã, São Paulo (bairro do Jaraguá), Cunha, Monte Alegre do Sul, Bom Jesus dos Perdões, Piracicaba, Valinhos, Dois Córregos, Pompeia, Pedregulho, Braúna e Ilha Solteira.
No Parque Estadual Itapetinga, em Atibaia, na região de Campinas, as equipes da Fundação Florestal estão em campo para combater o fogo que teve início na tarde de terça-feira. A cidade de Valinhos, também na região de Campinas, recebeu na tarde de ontem apoio de um helicóptero Águia, da Polícia Militar, para combater os incêndios, de acordo com a Defesa Civil.
Em Pompeia, na região de Marília, equipes foram deslocadas para aumentar os aceiros e brigadistas, e agentes da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros também foram mobilizados. Dois aviões foram empregados para atuar no local.
O combate às chamas no Estado conta, até a última atualização do governo, com o trabalho de 102 bombeiros civis; 34 equipes atuando em Unidades de Conservação, e veículos 4x4 equipados com motobombas, com capacidade para despejar 600 litros d?água e mangueira acoplada.
JUSTIFICATIVA
No domingo, quando a Fundação Florestal anunciou o fechamento de parques estaduais, o diretor executivo da entidade, Rodrigo Levkovicz, ressaltou que a decisão era crucial para reduzir os impactos dos incêndios florestais, permitindo que recursos e esforços sejam direcionados à preservação dos ecossistemas e à segurança de todos, incluindo as comunidades que dependem dessas áreas. "As unidades de conservação estão integralmente focadas em ações preventivas de monitoramento e resposta rápida a possíveis focos de incêndio. Estamos reforçando nossos contratos, especialmente com bombeiros civis, e realocando equipes do litoral e do Vale do Ribeira para somar esforços durante esse período crítico", afirmou na ocasião.