Datena descartou nova candidatura e explica cadeirada em Marçal: "Fui o verdadeiro agredido"

Apresentador Datena, que disputa Prefeitura de São Paulo, revela que não tentará mais eleições caso não seja eleito e justifica episódio da cadeirada

Publicado em 26/09/2024 às 13:50

José Luiz Datena, candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PSDB, afirmou que, se não vencer a disputa deste ano, não pretende participar de novas eleições.

Durante uma sabatina com o Estadão, Datena revelou que seu maior sonho era concorrer ao Senado, mas descobriu que entrar em uma disputa majoritária como a prefeitura de uma das maiores cidades do mundo pode ter sido um erro.

Além disso, comentou sobre o episódio polêmico da cadeirada no adversário Pablo Marçal (PRTB) e alegou que apenas reagiu a uma agressão verbal, defendendo sua atitude como forma de se proteger.

Datena sobre a candidatura

José Luiz Datena foi direto em sua fala ao indicar que essa poderá ser sua única participação em uma eleição.

O apresentador explicou que sua ideia original era concorrente ao Senado, uma posição que sempre sonhou ocupar, mas acabou optando pela disputa municipal.

Ele ainda ponderou que, talvez, teria sido mais prudente começar uma carreira política de forma gradual, como vereador, para se adaptar melhor ao cenário.

"Entrei diretamente numa disputa majoritária de uma das maiores cidades do mundo. Talvez tenha sido esse meu erro. A minha intenção era começar pelo Senado", admitiu.

Datena também fez uma avaliação do impacto do primeiro debate, ocorrido na TV Band.

Segundo ele, esse momento foi crucial para sua campanha, mas ficou claro que sua presença como comunicador ficou ofuscada.

"O comunicador não apareceu e, por consequência, as ideias do candidato ficaram em segundo plano", explicou. 

O episódio da cadeirada

Datena não mencionou o nome de Pablo Marçal, mas o episódio que marcou o debate aconteceu após Marçal chamar Datena de "Jack", gíria carcerária para estuprador.

O apresentador se irritou com a provocação e, em um momento de tensão, desferiu uma cadeirada em Marçal.

Apesar de considerar que a situação poderia ter sido evitada, Datena justificou que não teve outra escolha diante dos ataques contínuos de Marçal.

“Eu não fui o agressor, fui o agredido”, afirmou. Segundo Datena, ele tentou reagir de forma civilizada, mas as provocações não cessaram.

""Eu não me arrependo do ato que tive para parar o agressor. Um cidadão de 67 anos, com cinco filhos e seis netos, eu acho até que esperei muito tempo. Tentei responder de uma forma civilizada. Ele continuou com os ataques e aí eu não vi outra maneira a não ser tomar aquela atitude", explicou.

Tags

Autor