BACIA DO PINA

Pesquisadores analisam formação vegetal na Bacia do Pina

Algas ocupam uma área equivalente a dez hectares na Bacia do Pina, na altura do Cais José Estelita; formação vegetal também foi identificada perto da Ponte do Limoeiro e do Palácio do Campo das Princesas

Do JC Online
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Publicado em 04/12/2014 às 17:30
Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem
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Uma formação vegetal que ocupa uma área equivalente a dez hectares na Bacia do Pina, na altura da Ponte Paulo Guerra e do Cais José Estelita, no Cabanga, Zona Sul do Recife, está chamando a atenção de quem passa pelo local. De longe, parece apenas uma ilhota coberta por capim, mas, na verdade, oculta uma rica biodiversidade, gerada por um possível desequilíbrio ambiental. Ontem, uma equipe de especialistas recolheu amostras. Uma análise inicial identificou algas verdes (Chlorophyta) arraigadas sobre um banco de areia já existente na região, que se proliferam em locais poluídos. Porém, há outra espécie ainda não identificada.

De acordo com relatos de pessoas que trabalham no Catamaran, a formação vegetal começou a aparecer há quatro meses. Apesar da suspeita de poluição elevada, as plantas favoreceram a proliferação de moluscos, do tipo sururu, que atrairam aves, como garças, e os pescadores da região. 

Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem
Formação vegetal começou a aparecer há quatro meses na Bacia do Pina na altura do Cais José Estelita - Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem
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Uma das hipóteses é que a poluição provocou o fenômeno - Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem
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Na quinta-feira (4), especialistas em Botânica da Fafire recolheram amostras - Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem
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Uma das plantas encontradas foi a alface-do-mar, alga verde bio-indicadora de ambientes poluídos - Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem
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Tamanho das plantas encontradas surpreendeu as especialistas - Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem
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Apesar da suspeita de poluição elevada, a ilhota favorece o surgimento de moluscos - Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem
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A formação vegetal chama atenção pelo tamanho - Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem
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A estimativa é de que as algas ocupam uma área equivalente a 10 hectares - Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem
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Por causa dos moluscos, várias aves, como as garças, são atraídas para a ilhota - Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem

A professora e doutora em botânica, Paula Fortunato, explica que é preciso acompanhar a “ilhota” para saber se é uma coisa pontual ou permanente. “Ainda não é possível saber o que causou o aparecimento das algas, há relatos de fenômenos parecidos no Rio Grande do Sul e em Salvador, chamados de maré verde. A proliferação dessas plantas não é incomum nesta região de estuário, onde o mar e o rio se encontram. O que surpreende é o tamanho da área ocupada e das plantas. Encontramos uma alface-do-mar do gênero ulva, uma bio indicadora de poluição. Era enorme, muito superior ao tamanho normal. Alguma taxa deve estar em desequilíbrio”, explica.

Leia mais na edição do JC desta sexta-feira (5)


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