Darwin

Após 180 anos, Darwin volta ao Estado em encenação no Espaço Ciência

Em homenagem à data, teatralização vai contar as impressões do naturalista britânico sobre Estado, onde explorou a área de manguezal entre Recife e Olinda

Guilherme Bertouline
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Guilherme Bertouline
Publicado em 17/08/2016 às 8:10
Foto: Rodrigo Carvalho/JC Imagem
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É com uma viagem no tempo que o Espaço Ciência homenageia os 180 anos da vinda do naturalista britânico Charles Darwin a Pernambuco. E será o próprio criador da Teoria da Evolução o convidado especial. A partir de uma teatralização, o cientista explica aos visitantes que forem nesta quarta-feira (17) pela manhã ao museu interativo detalhes de sua obra e história, além das impressões sobre as terras pernambucanas. Entre os dias de 12 e 17 de agosto de 1836, Darwin veio ao Estado e explorou a área de manguezal entre Recife e Olinda, nas imediações do Espaço Ciência, que hoje sofre com a poluição.

A visita do britânico a Pernambuco é cercada de curiosidade, já que o destino não fazia parte do roteiro. Quando rumava em direção a Cabo Verde, ventos contrários fizeram com que a embarcação retornasse à costa brasileira. A passagem por Recife e Olinda não deixou boas recordações. Em seu diário de bordo, ele classificou Recife como “detestável” e sobre Olinda reclamou da hospitalidade. Também fez duras críticas à escravidão, desejando nunca mais pisar em solo brasileiro.

O Darwin que receberá os visitantes no Espaço Ciência estará mais bem-humorado. “Como a apresentação é mais voltada para o público infantil, vamos ter essa pegada cômica. De forma lúdica vamos conscientizar sobre a sujeira no Recife, que na época foi alvo das críticas de Darwin e ainda hoje é um problema. Também vamos tocar na questão da escravidão”, adianta o monitor do museu e estudante de geografia Railton Lucena, que durante sete minutos dará vida ao pesquisador.

A encenação guiará os visitantes à exposição interativa Revolução dos Bichos. “É uma exposição fixa que fala da evolução da Terra e dos animais a partir de experimentos, painéis e réplicas. É possível saber características dos animais, divididos por grupos de anfíbios, répteis e mamíferos”, detalha a gerente de visitas Claudiane Santos.

O manguezal

A minipeça, que alerta para a poluição, acontece em frente ao Manguezal Chico Science, um espaço de 20 mil m² dentro do Espaço Ciência. A área sofre com a sujeira proveniente do Canal Derby-Tacaruna, uma ameaça ao que deveria ser protegido pelo valor histórico e ambiental

Foto: Rodrigo Carvalho/JC Imagem
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“Mesmo com uma grade de proteção de resíduos e limpezas que fazemos periodicamente, todo lixo que deságua no canal, deságua aqui também. O que está ao nosso alcance fazemos, mas é preciso consciência da população sobre o descarte correto do lixo doméstico e atuação do poder público”, explica a coordenadora de manguezais do Espaço Ciência, Fabiana do Carmo. No manguezal são realizadas visitas guiadas, quando, em barcos movidos a energia solar, as pessoas aprendem sobre fauna e flora do ecossistema.

A contação de história sobre Charles Darwin é gratuita para todos os públicos. A apresentação será única e está programada para as 10h. Já a exposição Revolução dos Bichos fica aberta no horário de funcionamento do museu. O Espaço Ciência fica no Complexo de Salgadinho, Parque 2, em Olinda. Pelo número (81) 3241-3226 é possível agendar a visita de grupos.

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