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Filhote de peixe-boi-marinho é encontrado morto em praia de Paulista

Antes de ser encontrado morto, o filhote de peixe-boi-marinho foi visto ferido e encalhado na praia de Pau Amarelo mas acabou não sendo resgatado

JC Online
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Publicado em 09/05/2017 às 22:29
Foto: divulgação/Cepene
Antes de ser encontrado morto, o filhote de peixe-boi-marinho foi visto ferido e encalhado na praia de Pau Amarelo mas acabou não sendo resgatado - FOTO: Foto: divulgação/Cepene
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Um filhote de peixe-boi-marinho (Trichechus manatus) foi encontrado morto na praia de Pau Amarelo, em Paulista, na manhã desta terça-feira (9). A causa morte do bichinho não poderá ser identifica uma vez que o animal foi se encontrava em estado avançado de decomposição e não foi possível coletar material para a realização da necropsia. O corpo do animal foi encaminhado para o Centro de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Marinha do Nordeste (Cepene) da Ilha de Itamaracá, no Litoral Norte pernambucano, onde funciona o Projeito Peixe-Boi.

Para o coordenador do órgão ligado ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Leonardo Messias, a morte desse animal é uma grande perda para aqueles que trabalham em defesa da especie. Segundo ele, esses animais são tão raros que perder um filhote é considerado uma triste notícia. "Os peixe-boi-marinhos são tão raros, principalmente aqui no Nordeste brasileiro, que é uma notícia muito triste quando não conseguimos resgatar um que encalhou. Hoje nós temos registro de algo em torno de mil animais, o que é muito pouco", comentou ele.

Antes de ser encontrado morto, o filhote de peixe-boi-marinho foi visto ferido e encalhado na praia de Pau Amarelo ainda no domingo (7). Na ocasião, banhistas chegaram a acionar órgãos como Cipoma, Corpo de Bombeiros e o próprio Ibama que não realizaram o resgate do animal. Ao tomar conhecimento da situação nessa segunda-feira (8), uma equipe do Cepene tentou realizar buscas na região, mas por causa das fortes chuvas não tiveram sucesso. Nesta terça, o bicho já foi encontrado morto.

Segundo Leonardo Messias, o animal tinha cerca de um metro de comprimento e era um recém-nascido. "Ele tinha dias de nascido, ainda estava com o cordão umbilical. Provavelmente ele morreu porque se perdeu da mãe. O mar anda muito agitado por causa das chuvas, essa pode ter sido a causa para ele ter se desgarrado". O especialista explicou ainda que o filhote passa pelo menos dois meses junto à mãe para aprender a respirar corretamente, além de mamar até os dois anos.

O coordenador do Cepene ainda afirmou que este filhote pode ser cria de uma das fêmeas recuperadas pelo órgão e reintroduzidas ao seu habitat natural pelo próprio centro. "Desde 1994 nós já reintroduzimos 46 animais e alguns deles ficam rondando aqui no Litoral Norte pernambucano. Por isso acreditamos que esse filhote pode ser de uma dessas fêmeas que soltamos na natureza", explicou.

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