Mobilização

Petrolina promove caminhada em defesa do Rio São Francisco

O movimento pela revitalização do Rio São Francisco é uma iniciativa da Maçonaria e será realizado neste sábado

Da Editoria Geral
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Publicado em 30/08/2017 às 8:23
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O movimento pela revitalização do Rio São Francisco é uma iniciativa da Maçonaria e será realizado neste sábado - FOTO: Foto: Cortesia
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A Grande Loja Maçônica do Estado de Pernambuco, as Lojas Maçônicas de Petrolina e Juazeiro, Rotary Clube Petrolina Norte e a Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Petrolina promovem neste sábado (02/09) caminhada pela revitalização do Rio São Francisco. A ideia do movimento é pressionar o governo federal a iniciar, com urgência, os estudos ambientais para promover a interligação entre as bacias dos Rios Tocantins e São Francisco.

A concentração terá início às 8h na Praça do Galo, centro da cidade de Petrolina, no Sertão do Estado, com todos os participantes vestidos de branco. De lá, o grupo percorrerá as principais ruas em volta da praça e seguirá até a orla para um abraço simbólico ao Rio São Francisco. Segundo o grão-mestre da Loja Maçônica, Janduhy Fernandes, a iniciativa está acima de posicionamentos político-partidários.

“Hoje vemos as condições do rio, que está enfrentando uma iminente catástrofe. Historiadores já apontaram que o São Francisco nunca chegou a uma vazão tão baixa. E temos essa solução próxima: o caudaloso Rio Tocantins, que tem cheia de oito meses ao ano e está próximo à bacia amazônica. Seria um tipo de “transfusão” para que escapasse um rio que se encontra moribundo. Então tivemos a ideia de congregar instituições e pessoas que buscam o bem-estar da comunidade e criar um movimento ordeiro, para lembrar às autoridades da responsabilidade que temos com o Vale do São Francisco”, destacou Janduhy Fernandes.

PROJETO

A interligação a bacia do Rio Tocantins ao Rio São Francisco é uma proposta do deputado federal Gonzaga Patriota (PSB-PE). Criado há mais de 20 anos e já aprovado pelo Ministério da Integração Nacional, o Projeto de Lei n° 4.797/90, transformado no PL nº 6.569/13, visa a compensar o suprimento hídrico do manancial, melhorar o volume de água no Lago do Sobradinho, aumentar a disponibilidade aquática no semiárido e gerar energia a partir da queda d’água na divisa de Tocantins com a Bahia.

A ideia foi apresentada ao Congresso, pela primeira vez, no ano de 1987. Em 1995, a proposta recebeu pareceres favoráveis das Comissões de Viação e Transporte e de Constituição e Justiça e em 2000 foi entregue ao relator do Grupo de Trabalho de Transposição do São Francisco, Marcondes Gadelha (PFL/PB). Só em setembro de 2016 o parlamentar voltou a apresentar o texto e em dezembro do mesmo ano a Comissão de Orçamento aprovou emenda do deputado Raimundo Gomes de Matos (PSDB/CE) para a inclusão no Plano Plurianual (PPA) do valor de R$ 600 milhões para viabilização da obra.

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