Mata urbana

Espaço Ciência exibe área de agroecologia na Semana do Meio Ambiente

Novo experimento do Espaço Ciência, a área de agroecologia simula uma floresta natural na zona urbana

Da Editoria Cidades
Cadastrado por
Da Editoria Cidades
Publicado em 03/06/2018 às 8:08
Foto: Filipe Jordão/JC Imagem
Novo experimento do Espaço Ciência, a área de agroecologia simula uma floresta natural na zona urbana - FOTO: Foto: Filipe Jordão/JC Imagem
Leitura:

Um Sistema Agroflorestal (SAF) que simula uma mata na área urbana, mais novo experimento do Espaço Ciência, será apresentado ao público na Semana do Meio Ambiente do museu interativo do Complexo Salgadinho, em Olinda, de 4 a 8 de junho. Quem visitar o lugar encontrará pés de banana, milho, feijão-de-corda, cana-de-açúcar, inhame, macaxeira, batata-doce, taioba, beldroega, açafrão, erva-cidreira, capim-santo e hortelã, entre outras espécies.

“Fizemos o plantio junto e misturado, como numa floresta natural e isso cria um sistema comunitário. A beldroega (planta alimentícia não convencional) nutre o açafrão (herbácea), que nutre a hortelã (erva medicinal) e assim por diante”, afirma a coordenadora de Biologia do Espaço Ciência, Fabiana Carmo. Nenhum produto químico é usado no SAF, apenas composto orgânico produzido no local, cascas de verdura, folhas e palhas, ressalta a bióloga.

O feijão-de-corda está cheio de vagens e dos pés de milho brotam as primeiras espigas. “Já colhemos feijões, mas o objetivo inicial não é o consumo, e sim armazenar sementes crioulas, a primeira do cultivo, para repor a plantação”, explica Fabiana Carmo. O SAF começou a ser implantado em março último, numa parceria do Espaço Ciência com a unidade do Serviço de Tecnologias Alternativas (Serta) de Glória do Goitá, na Zona da Mata pernambucana.

O espaço de agroecologia ocupa o trecho final da Área Terra do museu, que fala sobre a evolução do homem, o início da moradia fixa, o sedentarismo e o surgimento da agricultura. “Escolhemos um trecho descampado e casamos a ciência, a evolução e adaptação humana com o Sistema Agroflorestal”, comenta Fabiana Carmo. “As pessoas podem se inspirar e fazer um SAF em casa.”

PLÁSTICO

Em 2018, a Semana do Meio Ambiente no Espaço Ciência tem como tema a poluição plástica, que será abordada em oficinas gratuitas pela manhã e à tarde. “Com as práticas lúdicas e científicas da programação queremos mostrar às pessoas como fazer o uso e o descarte desses resíduos sem prejudicar o ambiente”, diz a bióloga. Haverá oficinas de reciclagem de garrafa pet para construção de poltronas e para confecção de bijuteria, avisa.

“Plástico não é um vilão, é um produto do desenvolvimento tecnológico, o problema é o descarte dos resíduos”, ressalta Fabiana Carmo. Na visita ao Espaço Ciência, crianças e adultos poderão entender a poluição das águas, os impactos do derramamento de óleo no ambiente e os efeitos da queima de resíduos plásticos, com a ajuda de experimentos desenvolvidos no museu.

Os participantes também são convidados a construir barcos e descobrir as diversas fontes de energia, fazer análise da água do Manguezal Chico Science e acompanhar demonstrações culinárias de alimentação saudável. Promovido pela Faculdade Santa Helena e Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB-Recife), o VEGCiência será realizado das 14h às 16h. Os interessados devem chegar com meia hora de antecedência e pegar senha na recepção.

A Semana do Meio Ambiente é realizada com apoio de diversos parceiros. De segunda a sexta-feira, o Espaço Ciência funciona das 8h às 12h e das 13h às 17h. A entrada é gratuita.

Últimas notícias