EDUCAÇÃO

UFRPE não vai ofertar 300 vagas de engenharia no Cabo de Santo Agostinho

Vagas seriam ofertadas no Sisu, cujas inscrições começarão segunda-feira. Vice-reitor informa que ingresso será em 2016

Margarida Azevedo
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Margarida Azevedo
Publicado em 06/06/2015 às 8:20
Foto: Alexandre Gondim / JC Imagem
Vagas seriam ofertadas no Sisu, cujas inscrições começarão segunda-feira. Vice-reitor informa que ingresso será em 2016 - FOTO: Foto: Alexandre Gondim / JC Imagem
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A Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) não vai ofertar, no próximo semestre, 300 vagas em cinco cursos de engenharias da unidade acadêmica do Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife. A previsão era de que as vagas fossem incluídas na segunda edição do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), do Ministério da Educação, cujas inscrições começam segunda-feira (08).

Segundo o vice-reitor da UFRPE, Marcelo Carneiro Leão, a atual estrutura da unidade não comportaria mais 300 novos alunos, mesmo número hoje de estudantes. “Estamos funcionando em um empreendimento chamado Cone (Condomínio de Negócios), na metade de um galpão que foi adaptado para a universidade. Para receber mais 300 alunos, teríamos que ocupar todo o galpão, o que só vai acontecer em 2016”, diz Marcelo. O prédio fica às margens da BR-101, em Ponte dos Carvalhos, distante cerca de 4km do Centro do Cabo.

A decisão de não abrir mais vagas este ano, ressalta o vice-reitor, foi tomada para garantir a qualidade da infraestrutura. “Alugamos a outra metade do galpão e vamos organizá-lo até o fim deste ano para, no primeiro semestre de 2016, oferecer 300 vagas e mais 300 no segundo semestre. Serão 600 vagas anuais. Se abríssemos hoje não teríamos a mesma qualidade de quando começamos, em setembro de 2014”, justifica Marcelo.



Questionado sobre o motivo de a universidade não ter agilizado a organização do espaço neste primeiro semestre, uma vez que desde o ano passado havia a previsão de ter 300 vagas em agosto de 2015, Marcelo explica que nem sempre, no serviço público, a agilidade acompanha a necessidade. “Infelizmente a gente segue um processo que a legislação exige. Por um lado é bom porque garante a idoneidade, com a realização de licitação. Mas isso nem sempre acompanha os nossos anseios e a velocidade que desejamos”, observa.

As engenharias oferecidas no Cabo, em horário integral, são civil, elétrica, eletrônica, mecânica e de materiais. O atual espaço conta com seis salas de aula, biblioteca, sala de desenho, dois laboratórios de informática, um de física e outro de química, área administrativa e sala de convivência.

Com a ampliação para todo o galpão haverá mais 10 salas de aula, três laboratórios de engenharia, dois laboratórios de línguas e sala multiuso. O custo com aluguel é de R$ 84 mil. Passará para R$ 110 mil a R$ 120 mil. Para montar a parte nova a Rural deve investir cerca de R$ 300 mil.

INOVAÇÃO - Uma das novidades nos cursos do Cabo de Santo Agostinho é que o estudante pode ingressar na instituição no curso de bacharelado e, após ter cumprido carga horária de 2.760 horas, interrompê-lo por um prazo máximo de 2 anos e já obter a certificação intermediária de tecnólogo.

Outra inovação é que, entre as disciplinas obrigatórias, estão incluídas português e inglês. A língua inglesa é oferecida de forma contextualizada durante oito semestres, o que irá permitir aos alunos domínio para leitura de bibliografia específica da área em que vão atuar.

“Todos nossos alunos recebem uma bolsa mensal de R$ 210 para garantir a permanência deles. O dinheiro ajuda no transporte e na alimentação”, explica Marcelo. Quando o estudante é contemplado com alguma outra bolsa deixa de receber os R$ 210. Na sala de convivência há microondas para que os estudantes possam esquentar as refeições. Há um restaurante próximo, mas o valor do almoço (R$ 12) é empecilho para alguns universitários.

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