EDUCAÇÃO

Alunos de Odontologia da UFPE cobram melhorias no curso

Pró-reitorias da universidade prometem agilizar a compra de materiais. Nova reunião será quarta-feira

Do JC Online
Cadastrado por
Do JC Online
Publicado em 28/08/2015 às 7:14
Foto: Diego Nigro /  JC Imagem
Pró-reitorias da universidade prometem agilizar a compra de materiais. Nova reunião será quarta-feira - FOTO: Foto: Diego Nigro / JC Imagem
Leitura:

Respaldados pela coordenação do curso, que decidiu suspender atividades teóricas e práticas desde segunda-feira, alunos da graduação em odontologia, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) realizaram ontem um protesto no câmpus Recife, em frente à reitoria, na Cidade Universitária, Zona Oeste da cidade. Faltam materiais básicos, como luvas e máscaras, segundo os estudantes. A greve dos servidores também está prejudicando o funcionamento da clínica-escola. Sem funcionários, não há como esterilizar os instrumentos usados no atendimento à população.

Haverá uma reunião na próxima quarta-feira para que os alunos sejam comunicados pelas Pró-Reitorias sobre o andamento dos processos licitatórios e a chegada de materiais na UFPE. “Nós não temos como atender uma pessoa na clínica. Não temos materiais básicos nem para examiná-las”, afirmou a estudante Priscilla Chaves, tesoureira do Diretório Acadêmico de odontologia. “Está horrível a situação do curso. Não há dinheiro para comprar materiais, para reparar equipamentos”, revelou Thais Ximenes, do 5º período.

Por volta das 9h, os alunos se uniram aos servidores grevistas e interditaram a BR-101, no trecho em frente à reitoria, por alguns minutos. “A reitoria pediu um mês para se organizar e resolver os problemas, mas um mês de atraso pode nos levar um período e isso é muito tempo”, comentou o presidente do DA do odontologia, Alex Machado.

Coordenadora do curso, a professora Silvia Jamelli disse que “a situação ficou bastante crítica, pois não podemos atender as pessoas sem a ajuda dos técnicos, que esterilizam os instrumentos e trabalham em conjunto conosco”, destacou. Segundo ela, os materiais que faltavam já foram comprados, mas sem o apoio dos técnicos não dá para a clínica funcionar.

No final da manhã, os estudantes foram recebidos pelas pró-reitoras para Assuntos Acadêmicos e de Gestão Administrativa, Ana Cabral e Paula Albuquerque, respectivamente. Silvia Jamelli também estava presente. A universidade informou que devido à paralisação dos técnicos-administrativos não foram concluídos até agora os processos de aquisição de produtos odontológicos para uso em atividades práticas neste semestre. Também não há servidores para o setor de esterilização e compressor.

Ana Cabral destacou que, “infelizmente, será preciso aguardar o fim da greve dos técnicos para que as condições de funcionamento sejam restabelecidas em sua totalidade”. Quanto à realização dos processos licitatórios para aquisição dos produtos, a pró-reitora Paula Albuquerque disse que a universidade está se empenhando para comprar os produtos para as aulas práticas por meio de pregões eletrônicos.

Últimas notícias