EDUCAÇÃO

Quatro chapas na UFPE seguem na disputa apenas se houver paridade nos votos

Consulta acadêmica acontece nesta quarta-feira. Na disputa para a reitoria há cinco chapas

Margarida Azevedo
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Margarida Azevedo
Publicado em 29/05/2019 às 6:00
Foto: Bianca Souza / JC Imagem
Consulta acadêmica acontece nesta quarta-feira. Na disputa para a reitoria há cinco chapas - FOTO: Foto: Bianca Souza / JC Imagem
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Depois de 16 anos com voto equiparado de alunos, professores e técnicos, a consulta acadêmica para escolher o reitor e o vice-reitor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), hoje, terá pesos diferenciados. O modelo paritário, considerado desde 2003, ou seja, há quatro gestões, deixa de existir. O voto dos docentes valerá mais, com peso sete, enquanto os outros dois segmentos terão, cada um, peso 1,5. Apesar da mudança, quatro das cinco chapas concorrentes asseguram que sairão da disputa caso não vençam na paridade.

A alteração no formato de contagem dos votos segue uma nota técnica divulgada no final do ano passado pelo Ministério da Educação (MEC). “Ao final da consulta vamos aplicar uma fórmula para calcular o resultado por segmento, considerando o peso, o total de votantes e total de eleitores aptos em cada grupo”, explica o presidente da comissão eleitoral, Ulisses Pinheiro.

Estão aptas a votar 43.517 pessoas, sendo 37.093 alunos (graduação e pós-graduação), 2.526 professores e 3.898 técnicos. A votação vai das 9h às 21h em 22 seções eleitorais, nos três câmpus: Recife, Vitória de Santo Antão e Caruaru.

RESULTADO

A previsão de Ulisses é ter o resultado parcial, com 98% dos votos computados, por volta das 22h30. Os 2% restantes (votos em cédulas de papel) serão contabilizados amanhã de manhã. As duas chapas mais votadas voltarão a se enfrentar no segundo turno, marcado para 12 de junho.

O processo não é chamado de eleição porque a definição de quem será o reitor caberá ao presidente da República, Jair Bolsonaro, a partir de uma lista tríplice elaborada pelo Conselho Universitário da UFPE. Ele pode, inclusive, não escolher o mais votado pela comunidade universitária. Assim como o conselho pode colocar nomes diferentes na lista daqueles que não estavam na disputa.

Os candidatos Florisbela Campos, Alfredo Gomes, Jerônymo Libonati e Daniel Rodrigues afirmaram que renunciarão ao pleito se as suas chapas não estiverem entre as mais votadas na contagem pelo modelo paritário, ou seja, com voto de estudante, docente e servidor tendo o mesmo valor. Apenas o candidato Edilson Fernandes disse que não abrirá mão do resultado das urnas.

Os que concordam com a paridade argumentaram que a história da universidade deve ser respeitada, assim como a necessidade de dar importância igual aos três segmentos. Desde Amaro Lins (duas gestões, entre 2003 e 2011) até hoje, com o atual reitor, Anísio Brasileiro (assumiu em 2011 e foi reeleito em 2015), as contagens foram paritárias. Mozart Ramos (1995 a 2003) foi o último a ter a votação feita sem paridade.

Edilson afirmou que apesar de ser favorável à paridade, manterá a candidatura, caso ganhe no modelo de pesos diferentes, porque as regras do processo consultivo devem ser respeitadas.

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