“Sou a pessoa mais feliz do mundo porque passou por uma cirurgia”, afirma, entre risos, Gisele Menezes, de 40 anos. Quando tinha apenas 13, ela foi diagnosticada com miopia e astigmatismo, precisando usar, desde então, óculos ou lentes. “O médico deu essa sentença para mim, de que eu usaria óculos. Lembro que saí bem triste da consulta, porque eu já tinha algumas questões, era muito magrinha, e os óculos não me ajudavam”, lembra.
No ano passado, incentivada pela oftalmologista do filho, Carolina Bacelar, do Hospital Santa Luzia, localizado em Casa Forte, no Recife, Gisele fez alguns exames e descobriu estar apta para a cirurgia refrativa, que poderia libertá-la dos óculos de vez. “Lembro que tinha um relógio no meu quarto onde nunca conseguia ver a hora sem meus óculos. Ou mesmo a temperatura do ar-condicionado. E quando voltei da cirurgia e levantei o tampão, consegui enxergar tudo isso. Fiquei muito emocionada, chorei bastante”, conta.
A cirurgia refrativa é um procedimento que tem como objetivo corrigir o grau da visão do paciente, seja por ter miopia, hipermetropia, astigmatismo e/ou presbiopia. “Ela é feita diretamente na córnea. O laser molda a córnea e isso faz com que o paciente enxergue sem os óculos”, explica a médica oftalmologista Carolina Bacelar.
Porém, não é qualquer pessoa que pode passar pelo procedimento. Geralmente, a cirurgia é indicada para pacientes acima dos 18 anos, porque antes disso a córnea ainda está em desenvolvimento, se transformando. “Existem casos de cirurgias abaixo dos 18 anos, mas são exceções. E também têm casos de pacientes com 20 ou 23 anos, em quem o grau ainda está mudando e também não podemos operá-los, porque o quadro precisa estar estabilizado”, continua a especialista.
Os exames pré-cirúrgicos vão mostrar a curvatura e a espessura da córnea e vão apresentar dados para que a cirurgia seja mais segura. “Temos à nossa disposição laser de última geração, tomógrafos e equipamentos como o aparelho topolaser. E, junto com o laser EX500 da Alcon, a gente consegue fazer um novo tipo de cirurgia, que oferece ao paciente uma qualidade visual superior”, afirma Carolina.
O procedimento a laser é considerado uma cirurgia pouco invasiva, rápida, segura e eficaz. “Hoje temos três tipos disponíveis: PRK, Smile e Lasik, que é a melhor tecnologia que existe no mundo. No Lasik, a recuperação não exige que o paciente se afaste das atividades. No outro ele dia ele consegue dirigir, ler, mexer no celular, no computador. A PRK é precisa, segura, ela implica em um pouco mais de incômodo no outro dia, porque o grau se ajusta aos poucos”, pontua.
A cirurgia dura cerca de 2 minutos e pode ser feita nos dois olhos ao mesmo tempo. “Passei pela cirurgia há três anos, e consigo dizer aos pacientes exatamente o que eles podem esperar. Ainda hoje me pego olhando para uma árvore, alguma coisa mais longe, e fico incrédula, porque estou enxergando algo assim, com esse resultado. Você não depende de mais nada para correr, ir à praia e entrar no mar, ler... É uma liberdade”, relembra Carolina.
Liberdade que também mudou a vida de Gisele. “Às vezes esqueço que já usei óculos. Até perguntei se tinha que dizer que já fui míope. Nunca tive um bom relacionamento com meus óculos, tanto que todos eram bem feios, porque eu só usava em casa. Na rua, estava sempre de lente”, recorda. “Depois da cirurgia, minha vida mudou completamente. Aquela menina que era insegura quando começou a usar óculos e ver como estou hoje... Meu filho gosta dessa mudança e eu dou o maior apoio para ele não passar pelo que passei. Hoje consigo me relacionar muito melhor com óculos porque não preciso mais deles”, relata Gisele. Ela deu adeus aos óculos e lentes depois de 26 anos.
