Os professores da rede municipal de ensino do Recife decretaram estado de greve. A decisão foi tomada de forma unânime, na primeira Assembleia Geral de 2020, que aconteceu na manhã desta terça-feira (18), na Unicap. No evento, os educadores carregaram adesivos com a frase "Geraldo Julio, pague o piso na carreira já!".
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A categoria reclama o cumprimento do reajuste de 12,84% do piso salarial, que foi definido pelo Ministério da Educação, em janeiro deste ano, dizendo que “o prefeito Geraldo Julio (PSB) insiste em não cumprir a lei federal 11.738/2008 e até agora não há mesa específica para o assunto”.
"Muitas lutas para pouco tempo"
Ainda, durante a assembleia, foi feita, de forma democrática, a discussão e aprovação de um “calendário de lutas” da categoria para os próximos meses. A coordenadora geral do Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere), Cláudia Ribeiro, conta que o ano de 2020 deve ser de muita luta para os professores. “Este é um ano especial. Temos muitas lutas para pouco tempo, visto que a lei eleitoral diz que a revisão da remuneração de servidores públicos só pode ser feita até 7 de abril”, previu.
Uma Greve Geral Nacional da Educação está marcada para o dia 18 de março. A mobilização foi convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). A semana anterior à greve nacional será marcada por outras mobilizações nas comunidades escolares e pela paralisação municipal, que será de 17 a 19 de fevereiro. Já para o dia 27, ainda de fevereiro, está prevista a Mesa Geral de Negociação e Vigília de Ato Político, durante a reunião que integra o “calendário de lutas”. Uma Assembleia-Ato, na Praça Tiradentes, no Bairro do Recife, também está prevista, para o dia 4 de março, entre outras ações.