O número de municípios que decretaram situação de emergência subiu de 16 para 18. As informações são do boletim divulgado pela Coordenadoria de Defesa Civil de Pernambuco (Codecipe) no noite desta quinta-feira (5).
As cidades são: Água Preta, Amaraji, Catende, Camaragibe, Casinhas, Escada, Gameleira, Jaqueira, Palmares, Passira, Pombos, Primavera, Riacho das Almas, São Vicente Ferrer, Sirinhaém, Tamandaré, Vicência e Xexéu.
A boa notícia é que a quantidade de famílias desabrigadas (quem perdeu tudo e precisa dos abrigos públicos) caiu de 4.080 para 3.825 e a de desalojadas (que podem contar com ajuda de vizinhos e familiares) foi de 8.503 para 8000. O órgão estima que ao todo 222.454 pessoas foram afetadas pelas chuvas no Estado.
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No Recife, a Coordenadoria de Defesa Civil do Recife (Codecir) registou nesta quinta (5) 210 ocorrências, das 7h ás 18h. Foram realizadas 79 vistorias e colocadas 14.180 m² de lonas em 23 diferentes pontos de risco da cidade. Desse total, foram 83 pedidos para colocação de lonas plásticas, 75 solicitações de vistorias, 51 deslizamentos de barreiras, além de uma casa com danos parciais.
Foram instalados cinco alojamentos para acolher os desabrigados das chuvas que moram nas áreas ribeirinhas (próximo às margens do Rio Capibaribe) da cidade. Os espaços estão funcionando na Escola
Municipal Diná de Oliveira, na Iputinga, que alojou 179 pessoas; Escola Municipal Maciel Pinheiro, na Torre, onde 152 pessoas foram alojadas; Escola Nilo Pereira, em Monteiro, que recebeu 86
desalojados; Escola Municipal Célia Arraes, em Areias, onde estão 70 desalojados; e a Arquidiocese da Várzea, no bairro de mesmo nome, com abrigou 130 pessoas. Outros dois abrigos estão recebendo famílias retiradas de áreas de risco, como morros, que aguardam auxílio moradia. Estes ficam na Imbiribeira, com 25 abrigados, e na Avenida Norte, que recebeu outros 34.
De acordo com a Prefeitura da Cidade do Recife (PCR), foram realizados, nesta quinta-feira (5), serviços de melhoraria do escoamento das águas nas galerias, canaletas e canais. Os trabalhos beneficiaram moradores da Várzea, das avenidas Sul e Dantas Barreto, das comunidades do Bode, no Pina, Beirinha, em Areias, Sítio dos Pintos e das ruas São Nicolau, no Ipsep, Paulino de Souza, no Barro, Fernando César e 48, ambas no Espinheiro, João Teixeira, também no Ipsep, e Dom Bosco, na Boa Vista.
A administração municipal também afirmou que foram limpos 36 dos 66 canais que cortam a Capital. Mesmo assim, por conta da elevação do nível dos rios Capibaribe e Tejipió, a Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb) registrou transbordamentos nos canais Santa Rosa e Cavouco, ambos no Cordeiro, São Leopoldo, no Engenho do Meio, Riacho Camaragibe, na Caxangá, Jardim Teresópolis, no UR-07, Guarulhos, em Jardim São Paulo, Jiquiá, Tejipió, Lemos Torres, em Casa Fort), Serpro, no Parnamirim e o da Avenida Agamenon Magalhães.
Durante o dia, diversos boatos sobre sangramento de barragens e enchentes nas redes sociais espalharam pânico. Empresas públicas e privadas fecharam mais cedo, universidade não funcionam no turno da noite e a Região Metropolitana do Recife (RMR) enfrentou engarramentos maiores do que os normais. O governador do Estado, Eduardo Campos, garantiu que a situação está sob controle.
Na tentativa de evitar acidentes, a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) decidiu nesta quinta-feira (5) suspender o fornecimento de energia em áreas alagadas do Grande Recife e interior do Estado. De acordo com a empresa, a distribuição será retomada apenas quando o nível da água diminuir.
