O promotor André Rabelo, um dos acusadores das quatro pessoas envolvidas na morte da alemã Jennifer Kloker, ocorrida no dia 16 de fevereiro de 2010, às margens da BR-408, em São Lourenço da Mata, afirmou que a confissão de Delma Freire, afirmando ser a mandante do crime, não passa de jogada para tentar pegar o dinheiro do seguro de vida da vítima.
Delma Freira confessou, em entrevista ao jornal Folha de Pernambuco, ter arquitetado, junto com o irmão dela, Dinarte Dantas, a morte de Jennifer. Ela nunca tinha confessado a participação do crime. A acusada também isentou de culpa Ferdinando Tonneli e Pablo Tonneli, companheiro e filho dela. Segundo afirmou, os dois não sabiam de nada e, portanto, são inocentes.
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Segundo André Rabelo, Delma quer, ao inocentar o companheiro e o filho, que o dinheiro do seguro de Jennifer, de 500 mil euros, fique com os dois e, por consequência, ela também se beneficie. "Quando ela viu que ia para o manicômio todos viram como ela ficou desesperada. Então tudo leva a crer que é mais uma jogada dela. Vamos juntar a entrevista aos autos, mas, para a confissão ter validade, precisa ser feita em juízo. Além disso, temos provas concretas que Ferdinando e Pablo Tonneli participaram diretamente do crime. Eles sabiam de tudo, diferentemente do que ela fala na matéria", afirmou o promotor.
Ele também disse que vai solicitar imediatamente a prisão preventiva de Dinarte Dantas, irmão de Delma, e que a acusada ainda passará por exames para atestar a sua sanidade mental. Segundo Delma falou na entrevista, Dinarte queria abrir uma frota de táxi e arquitetou matar Jennifer para pegar o dinheiro do seguro. Como Delma não gostava da nora, topou o crime.