Machismo

Descontração na Marcha da Vadia do Recife

Passeata saiu da Praça do Derby com cartazes bem humorados

Jorge Cavalcanti
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Jorge Cavalcanti
Publicado em 11/06/2011 às 17:45
Foto: Internet/Reprodução
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Depois de passar por cidades como São Paulo e Brasília, a Marcha das Vadias ganhou este sábado (11) as ruas do Recife. Cerca de 200 pessoas deixaram a Praça do Derby, área central do Recife, e percorreram a Avenida Conde da Boa Vista. Nas roupas e cartazes, bom humor e descontração contra o machismo.

"Respeito é sexy” e “vaginas livres, corações rebeldes” eram algumas das inscrições estampadas. A concentração começou às 15h. Aos poucos, jovens foram chegando. Sozinhos ou em grupos. Depois de quase duas horas, saíram em passeata.

A Marcha das Vadias surgiu no dia 3 de abril deste ano, em Toronto, Canadá, com a expressão SlutWalk. Na primeira edição, a manifestação defendeu o direito das mulheres de se vestir, andar e agir de forma livre.

Elas prostetaram contra um policial que, numa palestra, sugeriu que as alunas deveriam evitar se vestir como “vagabundas” (“slut” em inglês) para não serem vítimas de abuso sexual.

Desde então o movimento cresce na internet e redes sociais, numa espécie de queima dos sutiãs nos dias de hoje. Idealizador da Marcha das Vadias no Recife, o estudante de ciências sociais Pedro Jesus, 28, (apesar da aparência, ele tem mesmo Jesus no nome) começou a articular a passeata há uma semana, por meio do Facebook.

"Assim que fiquei sabendo do que ocorreu no Canadá, pensei que seria uma boa trazer a discussão para cá”, contou ele, que adora uma marcha. Ele também marcou presença na Marcha da maconha, no mês passado.

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