RESTAURAÇÃO

UPE reforma sobrado para abrir centro cultural

Edificação datada do início do século 20, localizada na Avenida Rui Barbosa, nas Graças, terá parte das obras concluídas em janeiro de 2012

Do JC Online
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Publicado em 26/09/2011 às 16:27
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Dois anos atrás, a Universidade de Pernambuco (UPE) anunciou sua intenção de recuperar o sobrado de nº 1599 da Avenida Rui Barbosa, onde pretende instalar o centro cultural da instituição de ensino. O tempo passou e ninguém viu sinal de obra no casarão até agosto último, quando o imóvel amanheceu cercado de tapumes. Na varanda do prédio secular, localizado nas Graças, bairro da Zona Norte do Recife, o vaivém de operários confirma o início dos trabalhos de restauração. “Sim, começamos os serviços”, declara o professor Otto Benar, coordenador do Instituto de Apoio à Universidade de Pernambuco (Iaupe).

E nos dois últimos anos o casarão não estava abandonado e nem esquecido, esclarece o docente. Nesse intervalo, a faculdade levantou toda a história de construção do imóvel, para embasar o projeto de reforma e adaptação aos novos usos. A pesquisa foi realizada pelos arquitetos Fernando Guerra e José Luiz Mota Menezes. A proposta da UPE é recuperar o formato que o prédio tinha na época da construção, início do século 20. Características se perderam em intervenções anteriores e com os famosos puxadinhos para ampliar a área útil do sobrado de dois pavimentos. “O prédio foi muito castigado”, comenta Otto Benar.

O Iaupe assumiu a obra de recuperação física – telhado, coberta, fachada, instalações elétrica e hidráulica – e investe cerca de R$ 1 milhão. O prazo de conclusão dessa primeira etapa é janeiro de 2012. “Entregaremos o prédio em condições de uso para a UPE ocupar os espaços da melhor maneira possível. Todos os acréscimos serão removidos. Esperamos estimular outras ações semelhantes”, diz o professor. O sobrado integra a lista de Imóveis Especiais de Preservação (IEPs) da Prefeitura do Recife. Recebeu o título no início dos anos 90, com outras 153 edificações de importância histórica e arquitetônica para a cidade.

O casarão tem quase 1,2 mil metros quadrados de área construída. Além da obra física, é preciso restaurar o gradil, esquadrias, portas, janelas e elementos decorativos. “Nossas unidades estão espalhadas pelo interior do Estado e as pessoas não conseguem ter a dimensão do tamanho da faculdade, vamos aproveitar o centro cultural para criar essa interface com o público, com exposições permanentes e temporárias.

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