Trânsito

Protestos causam caos nas ruas do Recife na manhã desta sexta-feira

Na Estrada dos Remédios, moradores protestam contra a falta d'água. Na Caxangá, camelôs reinvidicam reabertura de estabelecimentos comerciais

Do JC Online
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Publicado em 23/03/2012 às 8:23
Foto: Augusto Ferreira (@augustoaferreir) / Voz do Leitor
Na Estrada dos Remédios, moradores protestam contra a falta d'água. Na Caxangá, camelôs reinvidicam reabertura de estabelecimentos comerciais - FOTO: Foto: Augusto Ferreira (@augustoaferreir) / Voz do Leitor
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Dois protestos, formados por grupos diferentes, causaram tumulto no trânsito de duas das principais vias da Zona Oeste do Recife, na manhã desta sexta-feira (23). O trânsito ficou caótico em Afogados, na Estrada dos Remédios, e no Cordeiro, na Avenida Caxangá.

O primeiro protesto começou por volta das 7h40. Cerca de 40 moradores da Rua Guarani, nas proximidades da mobilização, reclamaram a falta d'água na rua. Eles alegam que há mais de um mês o abastecimento de água na comunidade foi interrompido pela Compesa, mesmo com todas as contas pagas.

O grupo interditou a Estrada dos Remédios nas proximidades com o cruzamento da Estrada do Bongi, gerando grande engarrafamento. Os efeitos do bloqueio foram sentidos até na Avenida Abdias de Carvalho. Após várias tentativas de negociação, o protesto chegou ao fim com um breve conflito entre policiais militares e integrantes do ato, por volta das 9h30. Uma pessoa foi detida.

Já o segundo caso iniciou em frente ao Hospital Barão de Lucena, na Avenida Caxangá, na Iputinga, às 8h. Proprietários de 25 barracos de comércio localizados na calçada do centro médico bloquearam o corredor no sentido cidade-subúrbio em protesto a retirada de seus estabelecimentos comerciais da localidade.

Os manifestantes também queimaram pneus como repúdio a ações da prefeitura, que intenciona remover os estabelecimentos sem oferecer nenhuma alternativa de relocação ou regularização. O bloquei terminou também agora há pouco, quando o fogo foi apagado pelos manifestantes juntamente com o Corpo de Bombeiros.

O advogado Tiago Rocha, que está acompanhando juridicamente a causa dos barraqueiros, ressaltou a pacificidade do ato e fez um apelo às autoridades. "Queremos ao máximo resolver a situação por diálogo, mas não queremos sair no prejuízo. No Hospital da Restauração, por exemplo, os camelôs da calçada foram relocados para uma praça de alimentação que foi feita dentro do HR. Por que não nos propõem uma solução assim?", disse.

A Diretoria de Controle Urbano (Dircon) informou no fim da manhã que o comércio informal no entorno de hospitais públicos é proibido e que está estudando uma realização de cadastro dos ambulantes para garantir os trabalho dos comerciantes em outros locais, inclusive em quiosque situados nos mercados públicos da cidade.

» Confira aqui a situação do trânsito em tempo real

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