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Pracinha de Boa Viagem em busca de harmonia

Primeiros passos para a revitalização foram dados com a pintura da igreja e conserto de bancos. Falta organizar os camelôs

Do Jornal do Commercio
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Publicado em 24/03/2012 às 20:44
Foto: Rodrigo Lôbo/JC Imagem
Primeiros passos para a revitalização foram dados com a pintura da igreja e conserto de bancos. Falta organizar os camelôs - FOTO: Foto: Rodrigo Lôbo/JC Imagem
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A Praça de Boa Viagem, na beira-mar do bairro mais badalado da Zona Sul do Recife, começa a entrar em harmonia com sua vocação turística. Pequenas ações como a pintura da igreja, o conserto dos bancos quebrados e a reforma do piso são bem recebidas pela população. Mas os frequentadores do lugar ainda se queixam da falta de ordenamento das barracas dos camelôs e dos estacionamentos em locais proibidos.

“Essa feira é uma tristeza, acaba com a igreja e atrapalha o pedestre, a prefeitura precisar organizar a praça”, diz o motorista Paulo Roberto da Silva, que trabalha no ponto de táxi em frente ao templo católico. Segundo ele, as barracas ocupam a calçada e a pista, todos os dias, a partir das 16h. “Além disso, carros estacionam em qualquer lugar para vender roupa, sapato e bijuteria.”

A Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem teve a fachada pintada de azul com detalhes brancos nas portas e janelas. Internamente, permanece a cor branco gelo. O mesmo tom de azul aparece no gradil que delimita o espaço religioso e nas hastes de sustentação das luminárias. “Substituímos o gradil porque as barras estavam enferrujadas”, diz o sacristão Marcelo Ferreira de Amorim.

Segundo ele, a obra foi contratada no fim do ano passado pela paróquia, com a colaboração de fiéis. “Colocamos rampas de acessibilidade para idosos e deficientes junto do gradil e da porta principal”, informa. Marcelo Amorim também alerta para a ocupação desordenada do lugar com barracas de ambulantes. “Ficamos cercados, isso atrapalha a circulação de visitantes e o desembarque das noivas”, destaca.

A secretaria de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico do Recife promete ações para ordenar o comércio informal na área. Apresentação da proposta, no entanto, ainda não tem data definida.

Templo católico mais antigo do bairro, a Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem, padroeira dos navegantes e viajantes, remonta ao século 18. A história começou em 6 de junho de 1707, quando um casal morador do Recife, Baltazar da Costa Passos e Ana de Araújo fez a doação das terras ao padre Leandro Camelo para construção de uma capela.

De acordo com o jornalista Leonardo Dantas Silva, em publicação sobre o bairro, o patrimônio cresceu com outras doações e a capela já estava pronta em 1743. “Na fachada existia um sino e um alpendre, em forma de copiar, que veio a ser demolido em 1845, permanecendo a data de 1707 no seu frontispício”, escreve o pesquisador.

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