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Saneamento e asfalto para a Zona Oeste

Parado há dois anos, PAC Cordeiro retoma obras de estação de tratamento de esgoto e pavimentação de 108 ruas

Betânia Santana
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Betânia Santana
Publicado em 28/03/2014 às 5:25
Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
Parado há dois anos, PAC Cordeiro retoma obras de estação de tratamento de esgoto e pavimentação de 108 ruas - FOTO: Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
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Iniciado em 2008 e parado desde 2010, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), no bairro do Cordeiro, Zona Oeste do Recife, foi ajustado e retomado pela atual gestão. O projeto abrange a construção de uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), seis estações elevatórias, 80 quilômetros de rede coletora, drenagem e pavimentação de 108 ruas e urbanização de 11 áreas de difícil acesso. O prazo de conclusão é novembro de 2015 e o investimento, de R$ 120 milhões, foi financiado pela Caixa Econômica Federal e contrapartida de R$ 20 milhões do município.

A ETE do Cordeiro será a terceira do Recife e deve elevar o percentual de saneamento da cidade dos atuais 33% para 45%. As obras, retomadas aos poucos há três meses, estão a pleno vapor e 11 ruas já passam por serviço de drenagem e pavimentação. Embora a maioria das mais de 100 mil pessoas beneficiadas sejam moradoras do Cordeiro, o projeto também inclui alguns trechos dos bairros da Iputinga, Prado, Torre, Madalena, Engenho do Meio, Zumbi e Ilha do Retiro.

“Não há a menor possibilidade de o projeto ser paralisado nesta gestão”, assegura o gerente de Saneamento e Obras da Secretaria de Saneamento do Recife e da autarquia Sanear, Antônio Azevedo. “Ainda estamos fazendo alguns levantamentos, mas estimamos que apenas 10% do serviço foi executado.”

Bastante alardeado em seu lançamento, o PAC Cordeiro foi paralisado sem aviso, deixando os moradores sem informações, muitos com ruas esburacadas para a drenagem que não aconteceu. A Rua Francisco Vita, que liga a Avenida Caxangá à Rua Gomes Taborda (servindo de rota de fuga das vias principais) foi apresentada como a primeira a passar por obras, mas o serviço não andou, revoltando moradores.

“Na prefeitura, a rua consta como calçada três vezes, um absurdo. Votamos pela pavimentação no Orçamento Participativo. Cavaram, botaram máquinas e nada”, reclama o comerciante Miguel Fagundes, 54 anos, morador da rua há oito anos. “Pagamos um IPTU caríssimo e quando chove a rua vira uma lagoa. Idosos e crianças são os que mais sofrem com a poeira. E o supermercado vizinho ainda faz a rua de depósito de lixo.”

O projeto inicial previa a remoção de 760 famílias de áreas críticas para habitacionais, mas essa ação ficará a cargo de outra secretaria. Entretanto a urbanização desses pontos continua no projeto.

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